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Flórida usa termo “Golfo da América” pela 1ª vez em alerta de emergência

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O governo da Flórida declarou, na segunda-feira (20/1), estado de emergência devido a aproximação de uma tempestade de inverno, prevista para atingir o estado a partir desta terça-feira (21). A medida, assinada pelo governador Ron DeSantis, ganhou destaque por ser a primeira a utilizar oficialmente o termo “Golfo da América” em substituição a “Golfo do México”, uma mudança alinhada com a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

De acordo com o decreto, publicado no portal oficial do governo estadual, a tempestade resultará de uma zona de baixa pressão que atravessa a região e interage com uma massa de ar polar ártica, afetando significativamente o clima no norte da Flórida.

“Ao interagir com uma massa polar ártica, uma zona de baixa pressão atravessa o Golfo da América e trará um impacto amplo nas condições climáticas do norte da Flórida já a partir desta terça-feira”, diz o documento oficial.

Polêmica sobre a mudança de nome

A inclusão do termo “Golfo da América” gerou repercussão internacional, uma vez que a nomenclatura adotada historicamente é “Golfo do México“. Durante sua campanha presidencial, Trump mencionou diversas vezes a intenção de alterar o nome da região, alegando que os Estados Unidos desempenham um papel dominante no Golfo.


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“Nós vamos mudar o nome do Golfo do México para ‘Golfo da América’. É um nome bonito e apropriado, já que o México tem um déficit enorme conosco, e nós fazemos todo o trabalho lá”, afirmou o presidente norte-americano em declarações anteriores.

No entanto, ainda não está claro se há planos concretos para a oficialização da mudança em documentos e tratados internacionais, nem como tal alteração seria implementada no âmbito diplomático.

México minimiza impacto da medida

Em resposta ao decreto da Flórida, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, minimizou a iniciativa durante uma coletiva de imprensa nesta terça-feira (21).

“Vale apenas para o território continental dos EUA. Para nós e para o resto do mundo, continua sendo o Golfo do México”, afirmou Sheinbaum, descartando qualquer impacto prático fora das fronteiras norte-americanas.

O Golfo do México, reconhecido globalmente por sua importância econômica e ambiental, tem uma superfície de aproximadamente 1,55 milhão de km² e abriga vastas reservas de petróleo. A região banha três países: Estados Unidos, México e Cuba, sendo crucial para a economia e navegação internacionais.

A medida do governo da Flórida levanta questionamentos sobre possíveis desdobramentos diplomáticos e econômicos entre os países envolvidos.

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