O presidente dos Estados Unidos Joe Biden anunciou hoje em pronunciamento que o país está suspendendo a sua importação de petróleo, gás e energia russos. A medida vem como mais uma sanção econômica contra o governo de Vladimir Putin após a invasão da Ucrânia, que prossegue sem trégua.
Biden afirmou:
“Os Estados Unidos vão mirar na principal artéria da economia da Rússia. Isso significa que o petróleo russo não será mais aceito nos portos norte-americanos”.
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Os EUA são o maior consumidor mundial de petróleo e o anúncio de que o país não mais aceitará o produto importado da Rússia elevou o preço do barril Brent acima dos US$ 130 (equivalente a cerca de R$ 662), o maior valor em 14 anos.
Já na Europa, países do bloco europeu começam a divulgar planos para diminuir a dependência do gás e da energia vindos da Rússia. A Inglaterra anunciou planos de encerrar importação de commodities energéticas russas até o fim do ano.
O presidente norte-americano ainda falou sobre o custo da guerra para a população do seu país:
“A decisão de hoje não é sem custo aqui no nosso lar. A guerra de Putin já está ferindo a família norte-americana na bomba de combustível. Desde que Putin começou a escalada na Ucrânia, o preço do combustível subiu 75 centavos, e com essa ação, vai continuar a subir”.
Para tentar conter a alta do preço, Biden anunciou também que vai liberar 60 milhões de barris da reserva dos EUA para o mercado interno.
Enquanto isso, Putin alertou mais cedo de que poderia cortar o fornecimento de gás para a Europa caso sanções econômicas fossem aplicadas contra o setor energético russo. Cerca de 40% do gás usado pelos europeus vem da Rússia.