Promotores do estado de Nova York, nos Estados Unidos, concordaram em adiar temporariamente a sentença de Donald Trump em uma condenação que envolve fraude contábil e uma atriz pornô. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (19/11) pela imprensa.
Em maio deste ano, Trump foi condenado em 34 acusações por fraude, ao ocultar um pagamento de US$ 130 mil para comprar o silêncio da atriz pornô Stormy Daniels. O caso aconteceu em 2016 e Trump queria evitar o constrangimento durante a campanha presidencial na qual foi eleito pela primeira vez.
O então advogado de Trump, Michael Cohen, adiantou o dinheiro à atriz com recursos próprios e recuperou o valor mais tarde, por meio de uma série de pagamentos que a empresa de Trump registrou como despesas legais. A essa altura Trump, que já estava na Casa Branca, assinou a maioria dos cheques pessoalmente.
No entanto, seis meses depois, a Justiça ainda não divulgou a sentença do bilionário.
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Em novembro deste ano, Trump venceu a eleição presidencial. Com isso, ele deve se tornar o primeiro presidente a assumir o cargo com uma condenação criminal.
Diante da vitória de Trump, os promotores rejeitaram um pedido dele para que a condenação fosse anulada. Mas agora, a promotoria de Nova York entende que que a condenação deverá ser mantida, mas indicaram que uma sentença contra o presidente eleito só sairá a partir de 2029, após o fim do seu mandato.
Agora, caberá ao juiz Juan M. Merchan decidir se anula o veredito do júri e ordena um novo julgamento — ou até mesmo se descarta as acusações contra Trump.
Pela legislação americana, Trump não pode concorrer a uma reeleição em 2028, porque a Constituição dos Estados Unidos só permite que uma pessoa exerça dois mandatos como presidente.
*Com informações de G1