Os serviços de inteligência dos Estados Unidos entraram em polvorosa depois da detecção de um “balão de vigilância” chinês sobrevoando o território do país, na última quinta, dia 2. Dois dias depois, o Pentágono divulgou a detecção de um segundo balão chinês, agora sobrevoando a América Latina. As descobertas levaram o secretário de Estado americano, Antony Blinken, a adiar uma visita que faria a Pequim.
O porta-voz do Departamento de Defesa, Pat Ryder, não especificou a localização exata deste segundo balão.
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Autoridades dos EUA classificaram a presença do suposto balão chinês em território norte-americano como “ato irresponsável” de Pequim. Já as autoridades chinesas afirmaram se tratar de um incidente involuntário envolvendo um balão metereológico. Para Washington, não há dúvidas de que se trata de um aparato usado para espionagem.
Segundo a imprensa americana, o balão sobrevoou as Ilhas Aleutas, no norte do Oceano Pacífico, e o Canadá, antes de entrar no espaço aéreo dos EUA. Ele sobrevoou o estado de Montana, que abriga instalações de mísseis nucleares e onde foram mobilizados aviões de combate que se aproximaram dele.
A visita de Blinken a Pequim, prevista para domingo e segunda, “foi adiada” e será reprogramada quando “as condições forem adequadas”, de acordo com funcionário norte-americano que pediu para não ser identificado.