No domingo (17/11), a agência de notícias Reuters e o jornal norte-americano The New York Times divulgaram que o governo dos Estados Unidos autorizou a Ucrânia a utilizar mísseis americanos de longo alcance em ataques contra a Rússia.
Os mísseis denominados ATACMS, com alcance máximo de várias centenas de quilômetros, permitiriam à Ucrânia atingir infraestruturas logística do Exército russo e os aeroportos de onde decolam os aviões que atuam nos bombardeios.
A autorização do presidente Joe Biden aconteceu horas após um grande bombardeio russo contra a rede elétrica ucraniana. O ataque gerou uma onda de condenações internacionais contra a Rússia.
Governo russo reage
Nesta segunda (18), ao ser perguntado sobre a questão pelo jornal norte-americano The New York Times, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse:
“Se tal decisão foi de fato formulada e levada ao regime de Kiev, então essa é uma rodada qualitativamente nova de tensão e uma situação qualitativamente nova do ponto de vista do envolvimento dos EUA nesse conflito”.
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Ele continuou:
“É óbvio que o governo que está deixando o cargo em Washington pretende tomar medidas para continuar a colocar lenha na fogueira e continuar a provocar tensão em torno desse conflito”.
A tomada pela Ucrânia de uma parte da região de Kursk este ano marcou a primeira vez que armas dos EUA foram usadas em solo russo soberano reconhecido internacionalmente desde que a Rússia enviou tropas para a Ucrânia no início de 2022. A Rússia acusa o governo Biden de escalar o conflito antes de deixar o poder no começo do ano que vem. Isso também poderia aumentar o risco de um confronto com a aliança da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) liderada pelos EUA.
*Com informações de UOL