O presidente da Rússia, Vladimir Putin, concedeu na quinta-feira (19/12) uma entrevista coletiva à imprensa, como costuma fazer no fim do ano. Ele comentou sobre a guerra na Ucrânia e voltou a falar sobre o arsenal nuclear russo, em tom de ameaça.
Durante quase quatro horas e meia, Putin respondeu a perguntas de repórteres e da população. Foram recebidas mais de um milhão, segundo o Kremlin. Putin respondeu 67.
Ao ser perguntado se ele faria tudo de novo na Ucrânia, Putin respondeu: “Teria começado antes”.
Sobre a economia do país, Putin disse ela está estável: Afirmou que o PIB russo deve crescer até 4% este ano, e que é a inflação de quase dois dígitos que o preocupa. Ele não mencionou nada sobre as sanções que os países do Ocidente implementaram sobre a Rússia, desde o início da guerra.
Ele também afirmou que a Rússia ganha terreno diariamente, e está muito próxima de atingir os objetivos principais da guerra, que já dura quase 3 anos.
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Putin ainda exaltou o novo míssil hipersônico Oreshnik, que ele afirma que não pode ser abatido por nenhuma bateria antiaérea tradicional. E desafiou o Ocidente para um “duelo de mísseis”:
“Escolham um alvo em Kiev. Concentrem todas as suas forças de defesa aérea e nós atacaremos com o Oreshnik para ver o que acontece. Nós estamos prontos, será que o outro lado está?”.
O presidente russo voltou a dizer que considera que teria o direito de usar armas nucleares caso outros países com esse arsenal, ou seus aliados, representem uma ameaça à soberania ou à existência da Rússia.
Mesmo assim, respondendo a uma pergunta de um jornalista americano, Putin disse que estaria disposto para negociar a paz, até mesmo com o presidente eleito Donald Trump.
*Com informações de G1