O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, concedeu uma extensa entrevista ao jornalista Ignacio Ramonet, transmitida pelo canal Telesur nesta segunda-feira (1º/1), onde declarou que não sabe se irá disputar as eleições presidenciais do país em 2024.
“É prematuro ainda. O ano acaba de começar. Só Deus sabe… Não o Diosdado [Cabello], Deus. Esperemos que estejam definidos os cenários eleitorais para o processo que decorrerá este ano, e tenho a certeza que, com a bênção de Deus, tomaremos a melhor decisão”, disse Maduro ao se referir ao vice-presidente Diosdado Cabello.
“Nem as ambições personalistas, nem as ambições individualistas, nem o ego, nem o sangue azul, nunca estarão à frente dos interesses do país”, continuou .
O vice-presidente do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), demonstrou em diferentes momentos o seu interesse em uma nova candidatura de Maduro. Inclusive, o político chegou a defender que o chavismo deveria governar o país durante mais de 200 anos.
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Segundo a Constituição venezuelana, o pleito deve ocorrer ainda este ano, mas ainda não há uma data marcada para a disputa eleitoral que deverá ocorrer com Maduro contra a ex-deputada María Corina Machado, que ganhou as primárias da oposição.
Na entrevista, o presidente venezuelano também fez um balanço sobre a atuação de seu governo na economia, perspectivas para 2024 e ainda criticou a Guiana por receber apoio perante o conflito de Essequibo.
“A Guiana está agindo como a “Guiana Britânica”, aceitando que um navio de guerra vá para suas costas e de suas costas ameace a Venezuela”, disse Maduro durante a entrevista.
Organizações internacionais têm manifestado preocupação com uma possível falta de transparência nas eleições da Venezuela.
*com informações Metrópoles e Venezuela News