Nesta segunda, 3, forças de Israel atacaram a cidade de Jenin, na Cisjordânia, usando drones e soldados por terra. Ao todo, oito pessoas foram mortas.
Trata-se da maior ação israelense na Cisjordânia em quase 20 anos, e é uma resposta a uma série de ataques de militantes palestinos a colonos judeus na região. O governo de Tel Aviv alega que suas tropas atacaram apenas alvos criminosos, que estão concentradas no campo de refugiados de Jenin, que abriga 14 mil pessoas.
De acordo com o governo israelense, o campo de Jenin, criado há 70 anos para abrigar refugiados após a Guerra da Palestina de 1948, é atualmente base também para centenas de combatentes de grupos militantes, incluindo Hamas, Jihad Islâmica e Fatah.
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A operação começou na madrugada com ataque aéreo a um prédio. O alvo, segundo os militares israelenses, é usado por militantes para planejar atentados.
Porém, na tarde desta segunda novos ataques ainda foram registrados. Um novo ataque aéreo deixou 15 pessoas feridas. Os militares israelenses disseram que iriam precisar de pelo menos mais 24 horas para concluir a operação, mas se negaram a dar um prazo final para o fim da ação.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, acusou o Irã de estar por trás da violência ao financiar grupos armados palestinos. Em resposta, autoridades de Jenin rejeitaram a alegação e disseram que a violência é uma “resposta natural pelos 56 anos de ocupação desde que Israel capturou a Cisjordânia na Guerra dos Seis Dias em 1967”.
Hoje também ocorreu um protesto no aeroporto de Tel Aviv: centenas de manifestantes invadiram o local para protestar contra a reforma judicial que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu pretende fazer e que limita e submete os poderes da Justiça ao Executivo. Não houve relatos de feridos.