O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira (20/1) um decreto que formaliza a retirada do país do Acordo Climático de Paris, durante um evento com apoiadores na arena Capital One, em Washington. A decisão marca a segunda vez que Trump retira os EUA do pacto ambiental, repetindo uma ação tomada em seu primeiro mandato, alegando que o acordo prejudica a economia americana em benefício de outras nações.
A saída coloca os Estados Unidos ao lado de países como Irã, Líbia e Iêmen, que também não fazem parte do compromisso firmado em 2015. O tratado estabelece metas para limitar o aquecimento global a 1,5 °C acima dos níveis pré-industriais, buscando evitar os efeitos mais severos das mudanças climáticas.
Trump justificou a medida afirmando que os EUA devem economizar cerca de 1 trilhão de dólares ao deixarem de cumprir as exigências do acordo. “Estamos protegendo nossa economia e os empregos dos americanos, sem comprometer nossa soberania para interesses globais”, declarou o presidente ao assinar a ordem executiva.
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A decisão foi recebida com críticas por especialistas e ambientalistas, que alertam para o impacto global da retirada do segundo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo. “Sem a liderança dos EUA, os esforços globais para conter as mudanças climáticas podem ser significativamente prejudicados”, afirmou um porta-voz da ONU.
Além da saída do Acordo de Paris, Trump também assinou uma ordem determinando o envio de uma carta oficial à Organização das Nações Unidas (ONU) formalizando a decisão.
Em seu discurso, Trump prometeu assinar “perto de 100” ordens executivas nos próximos dias para reverter políticas da gestão do democrata Joe Biden, abrangendo áreas como imigração, energia e tarifas comerciais.
Entre as principais ações anunciadas estão:
- Apoio ao aumento da produção de energia nuclear;
- Revogação de políticas sobre veículos elétricos e restrições à emissão de automóveis implementadas por Biden;
- Autorização para projetos de combustíveis fósseis, promovendo a exploração de petróleo e gás.
- A administração Trump tem priorizado a flexibilização de regulamentações ambientais, argumentando que tais políticas são essenciais para garantir a competitividade econômica dos EUA. A decisão, no entanto, aumenta as tensões com aliados internacionais e pode gerar desafios diplomáticos ao país.