Nesta sexta-feira (27), foi registrado o dia mais intenso de bombardeios na Faixa de Gaza desde o início do conflito contra Israel. A informação é de um correspondente da CNN, Nick Robertson.
O número de mortos em Gaza já passa dos 7.300, sendo que destes, 3.000 são crianças, segundo o Ministério da Saúde palestino.
Leia mais:
Itamaraty confirma corte de comunicação com brasileiros em Gaza
Hamas entra em confronto terrestre contra Israel
Gaza no escuro
Após Gaza ter sido deixada toda no escuro, sem qualquer tipo de comunicação, um hospital local informou que estão recebendo corpos de várias pessoas mortas e feridas nos bombardeiros desta sexta-feira. É muito provável que o número de mortos só aumente.
O bombardeio se concentrou no centro de Gaza, mais precisamente em um campo de refugiados, disse uma testemunha.
“Só vemos fogo e ouvimos bombardeios ao nosso redor, e não sabemos de onde ele vem. A situação é muito, muito dura e difícil. Não sei se viverei para ver a luz do dia amanhã de manhã. Separei-me da minha mulher e os filhos foram para a casa dos pais dela e eu vim para o hospital aqui, no caso de morrermos em lugares diferentes e talvez um de nós viva e nossos filhos vivam. Estamos fazendo escolhas difíceis”.
Numa mensagem de texto enviada à emissora nesta sexta-feira, o presidente da Sociedade Palestina de Assistência Médica, Dr. Mustafa Barghouti, expressou profunda preocupação com o estado perigoso dos serviços médicos no enclave situado.
“O nosso trabalho médico na Faixa de Gaza está em grande perigo devido à interrupção da Internet e das comunicações telefónicas”, disse Barghouti.