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Confrontos no Sudão aumentam em meio a cessar-fogo

As duas forças, militares e paramilitares, em confronto no Sudão concordaram, na noite de quinta-feira (27), em prolongar o período de cessar-fogo. Os confrontos, no entanto, continuam em todo o país. Nesta sexta-feira (28), o Exército sudanês acusou as Forças de Apoio Rápido (RSF) de terem disparado contra um avião turco usado para evacuar a região, ferindo um dos tripulantes e danificando o depósito de combustível da aeronave. O grupo paramilitar refutou a acusação.

Uma cessar-fogo de 72 horas, iniciado na noite de segunda-feira (24), trouxe alguma tranquilidade a Cartum e facilitou a retirada de milhares de estrangeiros que estavam no Sudão. Mas apesar de, na quinta-feira, as autoridades sudanesas terem acordado prolongar este período de tréguas, confrontos violentos aumentaram nas últimas horas, na capital do país e nos arredores da cidade.

À imprensa internacional, alguns habitantes de Omdurman, cidade vizinha de Cartum, relataram que quinta-feira foi “o pior dia” até agora, uma vez que os bairros residenciais foram atingidos por vários ataques aéreos.

“Há um cessar-fogo? Não há, é só conversa. Vão intensificar os combates até que um lado vença e não se vão importar com a segurança das pessoas. Deus nos proteja”, disse Mohamed al-Hajj, um artista em um bairro de Omdurman que foi atingido pelos ataques aéreos.

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Em comunicado, a RSF acusou as Forças Armadas de realizar ataques aéreos contra os seus militares e de espalhar “falsos rumores”. Em resposta, o exército sudanês disse ter assumido o controle da maioria das regiões do país, acrescentando que “a situação está um bocado complicada em algumas áreas da capital”.

Segundo outros testemunhos, na quinta-feira, militares que usavam uniformes da RSF atacaram vários bairros da cidade de El Geneina, na região oeste de Darfur, e expulsaram muitas famílias das casas.

Os ataques vêm de todas as direções”, disse Amany, residente em El Geneina, que pediu para não divulgar o nome da sua família por questões de segurança: “todos estão fugindo.

De acordo com um relatório das Nações Unidas, divulgado na quarta-feira, El Geneina tem sido alvo de “confrontos, assaltos e incêndios de casas” relatados no sul da cidade. Há registos também de mortes de civis e de muitos deslocados devido à violência na região.

“Os mercados foram invadidos, assim como as instalações de várias organizações humanitárias. A maioria dos centros de saúde não estão funcionando”, informou a ONU.

Todos os hospitais estão fora de serviço e o Hospital El Geneina foi vandalizado”, disse o médico Safa Aboush.

Andou Dieng, coordenador humanitário da ONU no Sudão, disse que os ataques continuam em todo o país, apesar das tentativas de cessar-fogo. Dieng admitiu estar “extremamente preocupado” com a falta de disponibilidade de alimentos, principalmente em Darfur, e apelou para que fossem abertos mais corredores humanitários.

Sabe-se também que, na capital, os soldados paramilitares do RSF estão ocupando pelo menos uma estação de abastecimento de água, provocando escassez.

Troca de acusações

As Forças Armadas do Sudão afirmam que um avião de transporte tático Hércules C-130 “foi alvo de fogo rebelde nesta manhã quando se aproximava para aterrissar em Wadi Sidna“, uma base aérea a cerca de 20 quilômetros ao norte da capital, Cartum. Este ataque “causou danos nos tanques de combustível do avião e feriu um dos tripulantes“, disse o Exército em comunicado, indicando que o avião aterrissou “em segurança” na base e está passando por reparos.

“As Forças Armadas alertam para as tentativas dos rebeldes de dificultar os esforços de evacuação com ações graves”, afirmou o Exército.

As RSF, contudo, negam ter atacado o avião e voltaram a acusar o Exército de promover “campanhas de desinformação” e de “espalhar mentiras para encobrir as suas ações“. Os paramilitares disseram que a base de Wadi Sidna “não está sob o controle” das RSF, e atribuíram “toda a responsabilidade” ao exército.

Embora não haja feridos no nosso pessoal, o nosso avião será verificado“, disse o Ministério da Defesa da Turquia em comunicado, ao informar que o avião, um Hércules C-130, foi alvo de tiros.

Esta troca de acusações sobre o ataque contra o avião turco ocorre no primeiro dia da renovação de uma trégua de 72 horas mediada pelos Estados Unidos e a Arábia Saudita para facilitar a retirada de estrangeiros no Sudão e abrir corredores seguros para a entrada de ajuda humanitária.

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As duas forças, militares e paramilitares, em confronto no Sudão concordaram, na noite de quinta-feira (27), em prolongar o período de cessar-fogo. Os confrontos, no entanto, continuam em todo o país. Nesta sexta-feira (28), o Exército sudanês acusou as Forças de Apoio Rápido (RSF) de terem disparado contra um avião turco usado para evacuar a região, ferindo um dos tripulantes e danificando o depósito de combustível da aeronave. O grupo paramilitar refutou a acusação.

Uma cessar-fogo de 72 horas, iniciado na noite de segunda-feira (24), trouxe alguma tranquilidade a Cartum e facilitou a retirada de milhares de estrangeiros que estavam no Sudão. Mas apesar de, na quinta-feira, as autoridades sudanesas terem acordado prolongar este período de tréguas, confrontos violentos aumentaram nas últimas horas, na capital do país e nos arredores da cidade.

À imprensa internacional, alguns habitantes de Omdurman, cidade vizinha de Cartum, relataram que quinta-feira foi “o pior dia” até agora, uma vez que os bairros residenciais foram atingidos por vários ataques aéreos.

“Há um cessar-fogo? Não há, é só conversa. Vão intensificar os combates até que um lado vença e não se vão importar com a segurança das pessoas. Deus nos proteja”, disse Mohamed al-Hajj, um artista em um bairro de Omdurman que foi atingido pelos ataques aéreos.

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Segundo outros testemunhos, na quinta-feira, militares que usavam uniformes da RSF atacaram vários bairros da cidade de El Geneina, na região oeste de Darfur, e expulsaram muitas famílias das casas.

Os ataques vêm de todas as direções”, disse Amany, residente em El Geneina, que pediu para não divulgar o nome da sua família por questões de segurança: “todos estão fugindo.

De acordo com um relatório das Nações Unidas, divulgado na quarta-feira, El Geneina tem sido alvo de “confrontos, assaltos e incêndios de casas” relatados no sul da cidade. Há registos também de mortes de civis e de muitos deslocados devido à violência na região.

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Andou Dieng, coordenador humanitário da ONU no Sudão, disse que os ataques continuam em todo o país, apesar das tentativas de cessar-fogo. Dieng admitiu estar “extremamente preocupado” com a falta de disponibilidade de alimentos, principalmente em Darfur, e apelou para que fossem abertos mais corredores humanitários.

Sabe-se também que, na capital, os soldados paramilitares do RSF estão ocupando pelo menos uma estação de abastecimento de água, provocando escassez.

Troca de acusações

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“As Forças Armadas alertam para as tentativas dos rebeldes de dificultar os esforços de evacuação com ações graves”, afirmou o Exército.

As RSF, contudo, negam ter atacado o avião e voltaram a acusar o Exército de promover “campanhas de desinformação” e de “espalhar mentiras para encobrir as suas ações“. Os paramilitares disseram que a base de Wadi Sidna “não está sob o controle” das RSF, e atribuíram “toda a responsabilidade” ao exército.

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