A China anunciou nesta sexta (5) sanções contra a presidenta da Câmara de Representantes dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, e seus familiares como represália pela visita a Taiwan, no início do mês.
O ministério das Relações Exteriores chinês também suspendeu parte da cooperação com os EUA, como resposta ao que qualificaram como uma “flagrante provocação” e um atentado contra a soberania do país e o princípio de uma só China. Ainda que Taiwan reivindique a independência, desde 1971, as Nações Unidas reconhecem a ilha como parte do território chinês.
“Essa ação vulgar terá graves consequências para os Estados Unidos e toda a responsabilidade recairá sobre Washington”, disse o chanceler chinês Wang Yi, durante a Cúpula dos Ministros de Relações Exteriores da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), que começou na quinta (4), no Camboja.
E advertiu “nada, nenhuma força política, nenhum país poderá separar Taiwan da China”.
A China anunciou suspensão dos diálogos bilaterais com os EUA sobre a emergência climática, cooperação contra crimes transnacionais e tráfico de drogas, assim como política de defesa e acordos marítimos entre militares dos dois países.
Na última quarta-feira (3), Pequim já havia anunciado a suspensão de importações taiwanesas, assim como sanções a organizações separatistas e bloqueio a empresas locais. O Exército de Libertação Popular da China também mantém os maiores exercícios militares já realizados no entorno da ilha. O operativo testa aeronaves de guerra, mísseis balística e munição de fogo real em seis pontos da costa taiwanesa.