No primeiro dia do julgamento de Daniel Alves, em Barcelona, nesta segunda-feira (05/02), o ex-jogador de futebol conseguiu a condição de depor por último perante a Justiça espanhola. Conforme os jornais locais, a denunciante, durante o seu depoimento, voltou a acusá-lo de agressão sexual no caso ocorrido em dezembro de 2022.
O jogador, acompanhou a audiência no Tribunal de Barcelona sem estar algemado. A advogada de Daniel Alves, Inés Guardiola, teve o pedido de suspensão do julgamento oral negado. Ela tentou trazer diferentes pontos na argumentação, como um período inicial de investigações sem o conhecimento do jogador, durante o qual ele poderia ter feito um teste do bafômetro, e a não aceitação do juiz de instrução para que um segundo perito examinasse a denunciante.
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A vítima reforçou em seu depoimento que foi agredida sexualmente por Daniel Alves, posição que mantém desde a origem do processo. Ela depôs durante cerca de uma hora e 15 minutos, a portas fechadas, com a voz distorcida e sem contato visual com o brasileiro. Tais medidas foram adotadas pelo tribunal como proteção à identidade da denunciante.
Também nesta segunda falaram uma amiga e uma prima da denunciante. As três estavam na boate Sutton, na noite de 30 de dezembro de 2022, quando o jogador teria cometido o estupro. Elas afirmaram que a denunciante está com trauma, teria dito que “ele (Daniel Alves) me fez muito mal” e “não confia mais em ninguém“.
Além do porteiro do estabelecimento, dois garçons foram ouvidos. Ambos disseram não notar “nada de estranho” no comportamento de Daniel Alves, tendo em vista o consumo de álcool durante a noite.
Amanhã, terça-feira (05/02), terá os depoimentos de 22 testemunhas, entre elas Bruno, amigo de Daniel Alves que estava na boate, e a esposa do jogador, Joana Sanz. A audiência está marcada para começar às 11h (horário de Brasília). O julgamento na 21ª seção da Audiência de Barcelona é presidido pela juíza Isabel Delgado Pérez, acompanhada dos magistrados Luis Belestá Segura e Pablo Díez Noval.