Macacos bugios, uma espécie considerada em risco de extinção, estão caindo mortos de árvores em florestas tropicais no sudeste do México. As mortes acontecem em meio a uma seca nacional e calor extremo em grande parte do país.
Autoridades informaram que cerca de 85 macacos morreram desde o dia 5 de maio. O Ministério de Meio Ambiente diz que há diversas hipóteses sobre a morte dos animais, “como calor, desidratação, desnutrição e fumigação de plantações com agrotóxicos”, disse a pasta em um comunicado.
Alguns macacos foram resgatados com vida por moradores. Cinco deles foram levados às pressas para um veterinário local.
As mortes aconteceram em Chiapas e Tabasco, estados com florestas no sul do país. Nesses locais, foram registradas recentemente temperaturas máximas de até 45°C, acrescentou a pasta, que cataloga essa espécie como em “perigo de extinção”
Em Tabasco, foi iniciada uma campanha para ajudar esses animais. Foram colocados no local “bebedouros de água, alimentos e frutas para que se mantenham hidratados”, indicou a mídia do México.
Leia mais:
“Gangues de macacos” tomam as ruas na Tailândia para confronto
O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, natural de Tabasco, falou sobre o caso. Ele reconheceu na segunda-feira (20/05) que nunca tinha experimentado tanto calor na sua terra natal.
As altas temperaturas provocaram recordes de calor no México. Em Gallinas, no estado de San Luis Potosí (norte), o termômetro chegou aos 49,6°C em 10 de maio. A onda de calor também fez com que os níveis de várias barragens no país fossem reduzidos e grupos pecuários relatassem a morte de centenas de animais.
O Ministério da Saúde do México informou uma contagem preliminar de 26 pessoas que morreram por causas relacionadas ao calor entre o início da estação no país, entre 17 de março a 11 de maio.