Pelo menos 41 pessoas morreram neste sábado, 17, em um ataque de um grupo vinculado à organização jihadista Estado Islâmico contra uma escola de ensino médio no oeste do Uganda, na fronteira com a República Democrática do Congo. A maioria das vítimas é de estudantes.
O ataque foi atribuído à milícia ADF (Forças Aliadas Democráticas, na sigla em inglês), que tem seu bastião no leste da RD do Congo.
Segundo a polícia ugandesa, o grupo terrorista “ateou fogo a um dormitório”. Funcionários e testemunhas detalharam que, durante o ataque, foram utilizadas armas de fogo e facões.
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O general Dick Olum, encarregado das investigações, disse que os agressores tinham informações detalhadas sobre a escola. Ele também afirmou:
“Os rebeldes trancaram o quarto dos meninos com chave e atearam fogo. A seção das meninas não estava trancada, então elas conseguiram fugir, mas quando o fizeram, algumas foram atacadas com facões e outras baleadas”.
Segundo ele, alguns dos corpos estão tão carbonizados que serão necessários exames de DNA para identificá-los. Oito pessoas foram resgatadas com vida, mas estão “em situação crítica” no hospital da localidade de Bwera.
A milícia AFD já foi acusada de matar centenas de civis desde que se estabeleceram no Congo, em meados dos anos 1990. Em 2019, juraram lealdade ao Estado Islâmico. Uganda e a República Democrática do Congo lançaram uma ofensiva conjunta em 2021 para expulsar as ADF de seus redutos congoleses, mas, até agora, essas operações não conseguiram impedir os ataques do grupo.
Em março deste ano, os Estados Unidos anunciaram recompensa de US$ 5 milhões por informações a respeito do líder do grupo, um ugandense de 40 anos chamado Musa Baluku.