A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, nesta sexta-feira (10), por unanimidade uma resolução que pode conceder à Palestina que se torne membro da ONU, além de garantir novos “direitos e privilégios” aos palestinos.
A votação teve 143 votos a favor, entre eles o Brasil, 9 contra e 25 abstenções. Com isso, a Palestina pode se tornar 194º membro da ONU.
O vice-embaixador dos Estados Unidos na ONU, Robert Wood declarou ser contra a aprovação da resolução. “Fomos muito claros desde o início, existe um processo para obter a adesão plena nas Nações Unidas e este esforço de alguns países árabes e da Palestina é para tentar contorná-lo”, disse Wood, citado pela AP.
“Dissemos desde o início que a melhor forma de garantir a plena adesão palestiniana na ONU é fazê-lo através de negociações com Israel. Esta permanece a nossa posição”, disse ele.
Em abril deste ano, um dos membros dos EUA já havia barrado uma resolução que favorecia a Palestina para que se tornasse membro da ONU. Já o embaixador dos EUA na ONU, Robert Wood, disse que o presidente do país, Joe Biden, tem defendido constantemente a criação de um estado palestino.
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Além dos Estados Unidos, Israel e Hungria também são contra a resolução. Entre os países que se abstiveram na votação estão a Ucrânia, Alemanha, Reino Unido e Canadá.
Para o embaixador de Israel nas Nações Unidas, Gilad Erdan, a decisão “é um prêmio para o Hamas”.
Se Palestina se tornar um membro das Nações Unidas, ela ficará apenas como “Estado Observador”, sem direito a voto. Segundo o Presidente da Autoridade Nacional do país, Mahmoud Abbas, a medida é um grande reconhecimento ao povo palestino.