O artista britânico Damien Hirst está queimando suas pinturas para transformá-las em NFTs (tokens não fungíveis). Pelo menos mil obras deixaram de existir no mundo real depois de ser digitalizadas.
No total, Hirst vendeu 10 mil NFTs dentro do projeto “The Currency”, que teve início em 2016. Cada token não fungível corresponde a uma pintura física do artista e tem preços a partir de US$ 2 mil — o equivalente a R$ 10,5 mil, no câmbio atual.
Reportagem publicada na Edição 94 da Revista Oeste detalha esse universo digital. Fazendo um paralelo com o mercado imobiliário, um NFT é como a escritura de um imóvel, mas com algumas diferenças: 1) ele é basicamente uma sequência de letras e números, e não um documento físico; e 2) não há necessidade de ir a um cartório para registrá-lo. Isso porque um NFT fica guardado em uma blockchain, um grande banco de dados que nasceu com o bitcoin no fim de 2008.
Os colecionadores que compraram as peças do projeto tiveram de escolher entre pegar as pinturas, o que significa que perderiam os NFTs, ou ficar com o NFT, o que faz com que a pintura vá para o fogo.