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Dados de saúde dos smartwatches são confiáveis? Entenda os limites e benefícios

Eles têm um papel fundamental para ajudar o usuário a acompanhar a saúde de forma contínua
18/10/25 às 17:00h
Dados de saúde dos smartwatches são confiáveis? Entenda os limites e benefícios

Foto: Pixabay

Os smartwatches, ou relógios inteligentes, se tornaram uma verdadeira febre no Brasil. Deixaram de ser apenas acessórios tecnológicos para virar ferramentas úteis no cuidado com a saúde. Entre as funções mais populares estão o monitoramento dos batimentos cardíacos, análise da qualidade do sono, contagem de passos e até a detecção de arritmias.

Como os dados são coletados?

Segundo o artigo “Relógios inteligentes na medicina da saúde: assistência e monitoramento; uma revisão de escopo”, publicado em julho de 2023 no periódico BMC Medical Informatics and Decision Making, esses dispositivos utilizam uma tecnologia chamada fotopletismografia (PPG) para medir a frequência cardíaca com precisão.

O processo funciona por meio de feixes de luz emitidos por sensores no próprio relógio. Eles detectam as variações no volume de sangue que passa pelo pulso a cada batimento do coração. Isso gera uma “onda PPG”, que é analisada pelo sistema do smartwatch para estimar a frequência cardíaca do usuário.

Veja o vídeo;


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Salva pelo relógio

A criadora de conteúdo, Isabella Murakami, publicou um vídeo nas redes sociais, no dia 30 de setembro, onde conta que sofreu um acidente de carro, mas que foi “salva” pelo Apple Watche, o relógio inteligente da Apple.

“Há duas semanas, eu sofri um acidente de carro, e eu vim contar para vocês como é que o Apple Watch me ajudou nessa situação”, começou.

Em seguida, Isabella contou que após o acidente, o relógio emitiu um alarme e discou para a central do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), onde uma equipe foi ao local, a socorreu e encaminhou para o hospital.

Mas ele não fez só isso. Na hora que eu cheguei no pronto-socorro, eu vi, porque ele me notificou que o meu contato de emergência havia sido informado sobre o meu acidente e que ele estava compartilhando a localização”, revelou.

Veja o vídeo:

Mas, dá para confiar nesses dados?

Mesmo com tecnologia avançada, é importante lembrar que os smartwatches não substituem exames médicos. Eles oferecem estimativas úteis, mas não têm a mesma precisão de equipamentos clínicos.

Estudos apontam que medições de frequência cardíaca e sono são geralmente confiáveis, principalmente em repouso ou atividades leves.

Em fevereiro de 2024, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou uma nota técnica sobre o uso de smartwatches para medições de saúde, como glicemia e oximetria. Segundo o órgão, qualquer dispositivo que realize exames típicos da área médica deve ser aprovado pela agência.

Atualmente, cinco softwares para smartwatches estão aprovados pela Anvisa, apenas para pressão arterial, eletrocardiograma e ritmo cardíaco irregular. Medições de glicose ou oximetria não são autorizadas por falta de evidências científicas sólidas.

Já funções como medição de frequência cardíaca e respiratória, por não serem consideradas de uso médico, não exigem registro na Anvisa.

Mais informações podem ser consultadas em: consultas.anvisa.gov.br

A função mais importante: criar hábitos saudáveis

Mesmo com limitações, os smartwatches têm um papel fundamental: ajudar o usuário a acompanhar a saúde de forma contínua e incentivar hábitos positivos, como se movimentar mais, dormir melhor e beber água com regularidade.