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No Brasil, adolescentes engravidam 4 vezes mais do que em países desenvolvidos

No Brasil, adolescentes engravidam 4 vezes mais do que em países desenvolvidos

Um levantamento da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) apontou que em 22% dos municípios brasileiros, a taxa de gravidez na adolescência é comparável à dos países mais pobres do mundo. Em geral, adolescentes brasileiras engravidam quatro vezes mais do que meninas de países considerados desenvolvidos.

O estudo, financiado pela Umane, mostra que uma em cada 23 meninas (de 15 a 19 anos) se torna mãe por ano. Entre 2020 e 2022, foram mais de 1 milhão de partos de mães adolescentes nessa faixa etária — e mais de 49 mil nascimentos de mães entre 10 e 14 anos. Vale ressaltar que nesta idade, toda gestação é, por lei, resultado de estupro de vulnerável.

O levantamento também apontou taxas por diferentes regiões: No Norte, o índice chega a 77,1 nascimentos por mil meninas de 15 a 19 anos — mais que o dobro do observado no Sul (35 por mil).


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Enquanto a taxa total de fecundidade no Brasil caiu para 1,6 filho por mulher — nível próximo ao dos países ricos — as adolescentes brasileiras continuam engravidando em ritmo acelerado.

O epidemiologista Aluísio Barros, que coordenou o estudo, concluiu:

“A gravidez na adolescência não é uma escolha, mas o desfecho de um contexto de privação e falta de oportunidades. Precisamos de políticas públicas que ataquem as causas básicas do problema: a pobreza, a evasão escolar, a falta de acesso a serviços e de perspectivas para o futuro”.

*Com informações de CNN Brasil.