Você provavelmente já ouviu ou até participou da clássica brincadeira: “cospe ou engole?” Esse famoso dilema sobre o que fazer com o sêmen durante o sexo oral é cercado de risos, mas também de várias dúvidas e, claro, muitas questões de saúde. Por mais descontraído que seja o assunto, é fundamental que se entenda um pouco mais sobre os cuidados envolvidos.
O sêmen, para quem não sabe, é uma secreção do corpo masculino composta por espermatozoides e o líquido produzido pela próstata. Esse líquido, que tem a função de manter os espermatozoides vivos, pode ser expelido no momento do sexo oral. Mas será que, na hora de “engolir”, estamos apenas lidando com uma questão de preferência pessoal ou é algo que envolve também riscos à saúde?
A ginecologista Erica Mantelli, especializada em saúde sexual, alerta que o sexo oral, assim como qualquer outra prática sexual, pode sim trazer riscos à saúde se não forem tomadas precauções.
“O contato com a secreção já é capaz de transmitir infecções sexualmente transmissíveis”, explica a médica.
Entre as doenças que podem ser transmitidas, estão o HPV, sífilis, gonococo, clamídia, herpes e hepatite B e C. A transmissão dessas infecções ocorre pela troca de fluidos corporais, e o sêmen é um dos maiores veículos de transmissão.
HIV
Agora, falando especificamente do HIV, se o homem for portador do vírus, o risco de transmissão existe, já que a secreção pode entrar em contato com as mucosas da boca. No entanto, para outras infecções, a chance de contágio é bem menor, já que o sêmen, ao ser engolido, vai para o estômago, onde o ácido gástrico pode neutralizar muitas dessas bactérias e vírus. Isso não significa que o risco seja zero, mas sim que ele é mais reduzido.
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Cuidados
Para quem deseja pratica é importante adotar alguns cuidados extras. Manter uma boa higiene bucal é fundamental, assim como evitar qualquer prática em que haja ferimentos ou lesões na boca ou órgãos genitais. O uso de barreiras, como camisinha pode ajudar a prevenir a troca de fluidos. É sempre bom conversar abertamente com o parceiro sobre a saúde sexual de ambos, fazendo exames regulares e mantendo a transparência na relação.
Portanto, não se trata apenas de uma escolha pessoal, mas também de uma questão de segurança. Em tempos de saúde mais consciente, sempre vale a pena lembrar que proteção nunca é demais, e o sexo oral também pode ser praticado com segurança, basta estar atento e informado.