Após identificar falhas nos medidores instalados pela Amazonas Energia, o Instituto de Pesos e Medidas do Amazonas (Ipem) registrou aumento de 600% no número de reclamações diárias contra o serviço executado pela concessionária. A informação foi divulgada pelo presidente do órgão, Márcio André Oliveira Brito, durante cessão de tempo no expediente da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM) desta terça-feira (29).
“As reclamações aumentaram bastante, saíram de dez para setenta por dia após o Ipem revelar que encontramos falhas nos medidores“, afirmou. De acordo com o gestor, 36 dos mais de 2 mil aparelhos fiscalizados pela autarquia registraram medição em prejuízo do consumidor.
“Esse trabalho (de fiscalização) está sendo intensificado, também participamos das sessões itinerantes da CPI da Amazonas Energia na capital e no interior do estado. Ainda em fevereiro identificamos trinta aparelhos irregulares, o que resultou em dois autos de infração”, acrescentou Brito.
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A cessão de tempo proposta pelo presidente da CPI, deputado Sinésio Campos (PT), foi dedicada à apresentação de medidores de energia fabricados no Polo Industrial de Manaus (PIM) que oferecem tecnologia inteligente e sistema de medição mais preciso do que o utilizado nos aparelhos da concessionária.
“O morador pode ter acesso em tempo real ao nível de consumo, o que oferece segurança em relação à fatura. A companhia pode acompanhar o que acontece com os medidores, que conseguem identificar oscilações na rede que trazem danos ao consumidor”, explicou Daniel Goulart, representante da empresa.
“Desmontamos a farsa da Amazonas Energia. Os medidores da empresa não são inteligentes. O povo quer pagar o que consome, e está pagando 30% a mais na conta de energia”, afirmou Sinésio. De acordo com o parlamentar, os aparelhos produzidos em Manuas tem custo reduzido em comparação aos aparelhos instalados pela concessionária.
Daniel Amorim, da redação