O maior hospital do Quênia anunciou nesta terça-feira (2/4) que se prepara para enviar a valas comuns mais de 500 corpos, em sua maioria de crianças, que não foram reivindicados.
As famílias têm até sete dias para identificar e recuperar os 541 corpos no necrotério do Hospital Nacional Kenyatta, afirmou em seu site.
“Se não foram reivindicados, o hospital pedirá autorização aos tribunais” para se desfazer desses corpos, acrescentou.
Mais de três quartos dos corpos são de crianças que morreram desde meados do ano passado. Embora a maioria dos nomes e idades dos mortos tenham sido divulgados, as identidades de mais de dez adultos permanecem desconhecidas.
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Segundo as leis de saúde pública quenianas, um corpo não pode ser mantido em um necrotério público por mais de dez dias antes do enterro.
É prevista uma multa por dias adicionais além do prazo. Quem não cumprir poderá ser condenado a até seis meses de prisão.
Os casos de corpos não reivindicados não são excepcionais neste país do leste da África, onde, segundo as autoridades, as pessoas não se informam sobre a morte de seus familiares ou os abandonam para não pagar os altos custos da hospitalização ou do necrotério.
Os corpos não reivindicados após o período são enterrados em valas comuns.
*Com informações AFP