Apesar da ausência de dados que deveriam ser disponibilizados pelo Ministério da Saúde, informações de secretarias estaduais de saúde confirma o alerta de especialistas: os não vacinados são a maioria das vítimas pela doença na atual fase da pandemia.
Amazonas, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo divulgaram dados de diferentes tipos que confirmam a eficácia da vacina. Em Santa Catarina, por exemplo, o risco de idosos não vacinados ou com vacinação incompleta morrer de Covid foi 47 vezes maior do que naqueles que já receberam a dose de reforço.
O presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim), Juarez Cunha, argumenta que, apesar das metodologias diferentes, os dados já refletem uma tese consistente.
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“Baseado no que tem sido divulgado, tanto por secretarias estaduais, quanto por outros países, o que tem sido observado é exatamente isso: a imensa maioria das internações mais graves não tem o esquema vacinal completo“, afirma Cunha.
Ethel Maciel explica que, mesmo na condição de pesquisadora, não está conseguindo acessar as taxas de mortalidade relacionadas ao coronavírus em vacinados e não vacinados.
“É preciso ter dado com essa informação e não temos abertos“, explica a professora da Universidade Federal do Espírito Santo e pós-doutora em epidemiologia pela Universidade Johns Hopkins.
A dificuldade para os pesquisadores está na falta de integração entre os sistemas federais que consolidam dados de vacinação e os de casos e mortes por Covid. O Ministério da Saúde, no entanto, ainda não disponibilizou alternativa e nem realizou estudos próprios.
Via g1