
Açaí e tucupi: COP30 revisa edital e culinária paraense será integrada ao evento
Errata mantém veto ao açaí e tucupi in natura, mas assegura espaço para a culinária local

Com a repercussão negativa de um edital que proibia alimentos típicos do Norte, como açaí e tucupi, a COP30 decidiu reverter sua posição no sábado (16/08). O evento internacional ocorrerá em Belém em novembro. Após declarações de autoridades, incluindo o ministro do Turismo, Celso Sabino, a decisão foi reconsiderada. Ele declarou ter conversado com os organizadores para preservar a cultura gastronômica da Amazônia.
Embora tenha havido revisão, a proibição do consumo “in natura” de açaí, tucupi e maniçoba foi mantida. A justificativa oficial menciona perigos à saúde: o açaí pode ser portador do protozoário Trypanosoma cruzi, causador da Doença de Chagas, ao passo que o tucupi e a maniçoba necessitam de um preparo apropriado e pasteurização para remover toxinas.

Além disso, itens considerados de risco, como ostras cruas, carnes malpassadas, maionese caseira e sucos de frutas naturais, continuam proibidos.
Em comunicado, a COP30 enfatizou que “a culinária paraense será incorporada e o detalhamento da oferta de alimentos no evento será realizado após a seleção dos fornecedores”. Além disso, o comunicado destaca que a opção dará prioridade a cooperativas, associações e negócios locais, a fim de valorizar a produção da região.