Em entrevista hoje ao site Superesportes, o técnico da Seleção Brasileira Tite voltou a demonstrar sua disposição de afastar de usos políticos o futebol e afirmou que não visitará o presidente Jair Bolsonaro (PL), nem antes nem depois da Copa do Mundo do Catar, que será realizada em novembro.
Tite disse:
“Eu, particularmente, (não vou a Brasília) nem na ida, nem na volta, nem ganhando e nem perdendo. A mesma resposta que dei há cinco anos. Algumas coisas a gente reformula, reformata, não temos a mesma opinião o tempo todo. Mas essa permanece inalterada”.
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É a mesma postura que o treinador adotou já em 2018, às vésperas da Copa da Rússia: à época, Michel Temer era o presidente.
Ao explicar sua postura de querer distanciar futebol de política, Tite delcarou:
“Eu vejo a Seleção Brasileira como um patrimônio cultural e esportivo. Eu fui educado através do esporte. Eu coloco uma história, agora, falando para vocês, não para ser herói de alguma coisa, mas tampouco para me dramatizar. Apenas para fazer algumas conexões que a gente acha importante, que na vida das pessoas que estão nos ouvindo elas tenham essa condição de ter também esse processo: eduque através do esporte.
Competitividade com lealdade, superação, busca de vencer – não a qualquer custo. Disciplina, o esporte te dá. Eu fui criado assim. Meu pai me criou assim. Eu sou filho de um italiano que muito pouco falava comigo. Eu conseguia ter comunicação com meu pai através do esporte. É uma coisa tão bonita. Ela transcende. Eu quero fortalecer as pessoas que pensam desta forma e entender que esse é o canal de comunicação do esporte. Essa é a Seleção Brasileira porta-voz. Isso que eu devo fortalecer”.
Via Superesportes.
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