Gabigol deve sair do Cruzeiro no ano que vem

(Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro)
Às vésperas das decisões da Copa do Brasil, o futuro de Gabriel Barbosa, o Gabigol, no Cruzeiro caminha para um desfecho longe de Belo Horizonte a partir de 2026. Mesmo com contrato válido até 2028, o atacante não ganhou sequência sob o comando de Leonardo Jardim, e conversas previstas para após o torneio eliminatório tendem a selar a saída. Falta definir apenas o formato do negócio.
Internamente, o tema não é tratado publicamente nem pelo clube nem pelo jogador, mas Gabriel já manifestou a pessoas próximas, dentro e fora da Toca, o desejo de deixar o Cruzeiro. Ele gosta de Belo Horizonte, do ambiente e da torcida, mas quer algo simples: mais minutos em campo.
Do lado do clube, o caso está em compasso de espera. Pedro Lourenço, presidente da SAF, tem boa relação com o camisa 99 e enxerga que, mesmo insatisfeito com o tempo no banco, o atacante não contaminou o dia a dia do grupo. Pelo contrário: é visto como profissional correto e “cara de grupo”.
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Ainda assim, a diretoria não fecha a porta para uma saída. O motivo passa diretamente pela relação custo-benefício. Gabigol tem o maior salário do elenco e um dos mais altos do futebol brasileiro, turbinado por luvas e aumentos progressivos ao longo do contrato, firmado em pré-contrato, sem custo de compra de direitos econômicos.
Com isso, o Cruzeiro não se oporia a discutir uma transferência, desde que o movimento também faça sentido esportivo e financeiro para o clube. Uma eventual saída abriria espaço na folha salarial para a chegada de outros nomes de peso dentro do projeto.
Hoje, o cenário esportivo também pesa. Caso Leonardo Jardim permaneça e o clube consiga manter Matheus Pereira e Kaio Jorge, Gabigol começaria mais uma temporada como opção no banco. Mesmo com números relevantes, 13 gols desde abril, sendo decisivo em alguns momentos do Brasileirão, ele perdeu espaço. Kaio assumiu a posição, explodiu na temporada e terminou o campeonato como artilheiro, com 21 gols, além de mais cinco na campanha da Copa do Brasil.
O grande obstáculo para Gabriel, neste momento, é encontrar um clube disposto a oferecer condições financeiras semelhantes às do Cruzeiro. Não necessariamente em tempo de contrato, mas em valor de salário e pacote geral. A preferência inicial do atacante é seguir no futebol brasileiro.
Enquanto isso, o foco imediato na Toca segue sendo a semifinal da Copa do Brasil, contra o Corinthians. Na noite de segunda-feira, durante o Prêmio do Brasileirão, Pedro Lourenço foi questionado sobre Gabigol e reforçou publicamente a confiança no atacante:
“O Gabriel, realmente, foi uma contratação fora da curva. É um menino bacana, trabalha muito. Estamos felizes com ele. Ele não tem jogado o que esperava jogar, mas aí não é com o Pedro, é com o Jardim. Ele tem contrato até 2028, estamos tranquilos. Esperamos que chegue o momento dele, que volte a jogar. O Gabriel é um cara de grupo e nunca criou problema. O que ele quer é jogar. Espero que fique conosco até 2028.”
Apresentado como principal reforço para 2025, Gabigol começou o ano como titular, marcando gols no Campeonato Mineiro, mesmo em meio às oscilações da equipe. Com a chegada de Jardim, manteve o status inicial, mas acabou no banco na terceira rodada do Brasileirão, abrindo espaço para a arrancada de Kaio Jorge.
Entre contrato longo, salário alto, pouca minutagem e desejo de jogar mais, o roteiro aponta para um fim de ciclo. A Copa do Brasil pode ser o último capítulo de Gabigol com a camisa do Cruzeiro antes de uma provável mudança de rota em 2026.
Com informações de ge






