Argentina termina líder, Brasil vacila e Paraguai surpreende nas Eliminatórias

As Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026 chegaram ao fim nesta terça-feira (09/09), deixando um panorama histórico do futebol do continente. A Argentina ficou em primeiro lugar de forma isolada, o Brasil teve a pior campanha da história em pontos corridos, o Paraguai retornou a um Mundial e a Bolívia reacendeu esperanças na repescagem.

Os últimos jogos da 18ª rodada foram marcados por gols importantes, expulsões, drama e viradas que mudaram a tabela até os minutos finais. No panorama geral, Argentina, Equador, Uruguai, Colômbia, Brasil e Paraguai garantiram suas vagas para o Mundial. A Bolívia, em sétimo lugar, disputará a repescagem intercontinental, mantendo a possibilidade de retornar a uma Copa após mais de três décadas.

Paraguai derrota o Peru e garante vaga direta

Um dos momentos mais tocantes da rodada aconteceu em Lima. Sob o comando de Daniel Garnero, o Paraguai derrotou o Peru por 1 a 0, garantindo sua participação no Mundial. Matías Galarza, ex-Vasco, marcou o gol aos 33 minutos do segundo tempo, aproveitando uma sobra na entrada da área e finalizando no canto de Gallese.

Com a vitória, os paraguaios alcançaram 28 pontos, empatando com o Brasil. No entanto, devido a um saldo inferior, garantiram a sexta posição. Mesmo assim, a comemoração foi grandiosa: o Paraguai está de volta à Copa do Mundo após oito anos fora, não participando dos torneios de 2014 e 2018, com retorno previsto para 2026.

Por outro lado, o Peru finaliza mais uma campanha decepcionante. Com apenas 12 pontos, a seleção ficou em nono lugar, superando apenas o Chile, e perdeu a oportunidade de participar de seu segundo Mundial consecutivo, após ter competido em 2018.

Chile e Uruguai disputam partida sem emoção

O jogo entre Chile e Uruguai, realizado no Estádio Nacional de Santiago, terminou empatado sem gols. Nenhuma das equipes teve sua vida alterada pelo resultado.

O Chile, que já estava sem chances de classificação, terminou as Eliminatórias na última colocação, com apenas 10 pontos. Uma queda difícil para uma equipe que, há menos de dez anos, ganhou duas Copas Américas seguidas (2015 e 2016) e tinha estrelas como Alexis Sánchez, Arturo Vidal e Gary Medel em seu auge.

Por outro lado, o Uruguai já havia garantido sua classificação e confirmou o quarto lugar na tabela, com uma campanha sólida e promissora. A seleção celeste, sob a direção de Marcelo Bielsa, conta com Darwin Núñez e o experiente Luis Suárez (que se destacou em partidas decisivas) como suas principais opções ofensivas para 2026.

Equador vence a Argentina

Outro resultado notável da rodada ocorreu em Quito, onde o Equador derrotou a Argentina por 1 a 0. Enner Valencia, atacante do Internacional, converteu um pênalti nos acréscimos do primeiro tempo, garantindo o gol.

O jogo foi tenso e teve duas expulsões: Nicolás Otamendi, da Argentina, no primeiro tempo, e Moisés Caicedo, do Equador, na segunda etapa.

Embora tenha perdido, a Argentina permaneceu na liderança isolada com 38 pontos, resultado de uma campanha sólida comandada por Lionel Messi. Por outro lado, o Equador alcançou 29 pontos e ficou em segundo lugar, demonstrando força em casa e consolidando-se como uma das seleções em ascensão da América do Sul.

Além disso, o confronto destacou a solidez defensiva do Equador, que sofreu apenas 12 gols em 18 jogos.

O drma venezuelano: de celebração a pesadelo

Enquanto em alguns estádios o clima era de celebração, em Maturín a noite acabou em lágrimas. A Venezuela, que sonhava com sua primeira Copa do Mundo, precisava apenas de uma vitória simples contra a Colômbia para garantir um lugar na repescagem.

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E o começo parecia encorajador: Segovia marcou primeiro, deixando a torcida animada. Porém, o que aconteceu a seguir foi um pesadelo. Comandada por um inspirado Luis Suárez, que marcou quatro gols, a Colômbia virou a partida e venceu por 6 a 3. Córdoba e Mina finalizaram o massacre.

Rondón e Josef Martínez também marcaram pelos venezuelanos, mas a defesa falhou várias vezes, prejudicando a campanha histórica.

Com a derrota, a Venezuela foi superada pela Bolívia e ficou em oitavo lugar, perdendo a oportunidade de disputar uma Copa do Mundo pela primeira vez.