Incentivos fiscais do PIM impulsionam empresas de diferentes setores, mostra evento da Sedecti

Executivos de empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus falam durante o evento Raízes do Investimento, promovido pela Sedecti. (Gerson Severo Dantas)
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) promoveu, nesta terça-feira (9/9), a segunda edição do evento “Raízes do Investimento”, onde empresas incentivadas com benefícios fiscais da Suframa e do Governo do Estado mostram os resultados e apresentam as ações que promovem para o desenvolvimento da economia do Estado.
Nesta edição, as empresas Moto Honda da Amazônia, Tutiplast, Novamed e Toca da Pitaya irão apresentar seus investimentos e perspectivas para a região. Representantes da Sedecti, Fieam e do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) estarão presentes.
Representando a Moto Honda da Amazônia, o executivo Administrativo Financeiro João Mezari destacou a evolução da mão de obra local após a chegada da Moto Honda ao Polo Industrial de Manaus, que completaram-se 50 anos em 2025. Conforme ele, no início toda a equipe de Engenharia veio de fora, mas hoje todos estes profissionais são formados pela Universidade do Estado do Amazonas e outras instituições.
“Cito a UEA porque ela é patrocinada por nós do Polo Industrial de Manaus, onde cada empresa destina uma fatia do faturamento para financiar essa instituição que está em todos os municípios do Amazonas”, disse o executivo, lembrando que a cada 19 segundos os trabalhadores da fábrica de Manaus colocam uma motocicleta no mercado.
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Diretora da Tutiplast, Mariana Barrela contou que a empresa faz questão de estar inserida na comunidade em que produz “soluções em injeção plástica” para as empresas do Polo Industrial de Manaus, citando duas fábricas que estão localizadas no bairro Armando Mendes e outra nas proximidades do Prosamim.
“Contratamos nossos profissionais nestas comunidades, contratamos familiares deles e hoje estamos envolvidos com a UGPE no Prosamin para regularizar nossa relação com a comunide”, afirmou.
A executiva também destacou que a empresa está fomentando a plantação de curuá, uma espécie de abacaxi, na comunidade de Novo Remanso, no município de Itacoatiara, na Região Metropolitana de Manaus (RMM). As folhas de fibra do curuá são usados na fabricação de peças plásticas para motos e veículos de passeio. “Eles já tiveram a primeira safra, não foi algo significativo, mas a medida que o projeto avançar essa cultura será um importante reforço na renda dos agricultores”, garantiu.
O curuá usado pela indústria componentista de Manaus é plantado, majoritariamente no município paraense de Santarém e em cidades próximas, mas como Novo Remanso, em Itacoatiara, é conhecido pela grande produção de abacaxis, tornou-se viável desenvolver um plantio experimental na região.
Também do setor primário, a Toca da Pitaya quer transformar Manaus na “capital mundial da pitaya” e para isso tem desenvolvido plantios em Iranduba, município também localizado na RMM, para aumentar a produção e ganhar escala no mercado internacional, favorecendo assim a economia do Amazonas.
“Temos tudo para crescer, o clima é bom, a terra é boa, só precisamos ganhar escala na produção e desenvolver produtos para enviar ao mercado internacional”, explicou o presidente da Toca da Pitaya, Cleber Adauto Medeiros, revelando que um lote de pitayas congeladas já estão comercializadas nos mercados dos EUA, como a Flórica.
