Foragidos do AM transformam favelas do Rio em ‘condomínios do crime’, diz secretário da SSP

Foto: Rede Onda Digital
Os foragidos do Amazonas transformaram as favelas do Rio de Janeiro em bases para articulação do crime organizado. A declaração é do Secretário de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), Coronel Vinícius Almeida, nesta quinta-feira (30/10), em entrevista à Rede Onda Digital.
“Nós sempre soubemos da estada desses mega-traficantes, que, na verdade, são narcoterroristas, lá no estado do Rio de Janeiro. A nossa inteligência sempre detectou isso. E a ação da polícia militar e da polícia civil do Rio de Janeiro foi muito importante para o sistema de segurança pública do Brasil inteiro. Porque provou que criminosos do Brasil inteiro estão se homizeando lá, tanto no complexo da Penha, quanto no complexo do Alemão, transformando esses dois ambientes em condomínios do crime.“, declarou o secretário.
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Segundo ele, o Amazonas mantém contato constante com as forças de segurança fluminenses e acompanha o andamento das ações. O secretário afirmou que o balanço oficial do número de prisões e mortes de criminosos do Amazonas deve ser divulgado apenas após a conclusão das operações, para evitar informações imprecisas.
“Em contato com a Polícia Militar e Polícia Civil do Rio e com o Sistema de Segurança, eles vão fazer um balanço geral ao final do trabalho deles para que não passem dados extraoficiais. A gente está recebendo informação, mas a gente espera a finalização da identificação de todos para que a gente possa informar a sociedade“, explicou.
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Combate ao crime
O secretário também falou sobre a soltura de criminosos reincidentes, mesmo após múltiplas prisões. Ele reforçou sobre o trabalho das Forças de Segurança do Estado no combate ao crime organizado.
“Então, a gente já combate diuturnamente. Esses narcoterroristas que estão homiziados no Rio de Janeiro já foram presos mais de uma vez e foram soltos. Foram soltos porque a legislação permite. Então, o que a gente tem que discutir é o que faremos daqui pra frente. Quanto a prendê-los, volto a repetir, já foram presos mais de uma vez. Tem casos de foragido de Justiça que foi preso com três mandados de prisão, colocado num presídio federal e depois de três meses, sair pela porta da frente. Então, é isso que a gente tem que compreender. Pra nós resolvermos essa questão, não é uma questão apenas do Estado do Amazonas. É uma questão do Brasil. Como nós, enquanto sociedade, iremos verdadeiramente combater o narcoterrorismo aqui na nossa nação.“, destacou.
Policiais envolvidos em crimes
Almeida também destacou o comprometimento da própria Secretaria de Segurança Pública do Amazonas no combate à corrupção entre os militares das corporações. Ele citou como exemplo recente a prisão de dois policiais militares e um policial civil envolvidos em contrabando e extorsão de barras de ouro avaliadas em R$ 45 milhões.
“Nós já fizemos diversas operações onde nós prendemos integrantes do sistema de segurança. Ontem mesmo, a Rocam prendeu dois policiais militares e um policial civil. Nós não temos problema nenhum em extirpar quem está dentro das nossas instituições e que não é policial. Isso é um bandido infiltrado. Nós não temos problema algum com isso. E todas as vezes que nós temos a informação, fazemos a investigação, a gente prende sem titubear. Eu poderia aqui citar N casos provando isso. Mas o caso de ontem é um caso emblemático em que a Rocam prendeu dois policiais militares e um policial civil”, concluiu.







