Rede Onda Digital
Ouça a Rádio 92,3Assista a TV 8.2
Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, é preso em operação contra esquema de corrupção fiscal em SP

Sidney Oliveira, dono da Ultrafarma, é preso em operação contra esquema de corrupção fiscal em SP

Gaby Santos
Por Gaby Santos | 12/08/25 às 07:56h

O empresário Sidney Oliveira, fundador da rede de farmácias Ultrafarma, foi preso na manhã desta terça-feira (12/08) durante uma operação do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) que visa desarticular um esquema de corrupção envolvendo auditores fiscais da Secretaria da Fazenda do Estado.

Sidney foi detido na chácara dele, localizada em Santa Isabel, na Grande São Paulo.

Esquema bilionário de fraudes tributárias

A investigação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos (GEDEC) aponta que o esquema teria arrecadado cerca de R$ 1 bilhão em propinas desde 2021. Segundo os promotores, o núcleo era comandado por Artur Gomes da Silva Neto, auditor fiscal e supervisor da Diretoria de Fiscalização (DIFIS) da Fazenda estadual, que também foi preso na operação.

Diretor da Fast Shop também é alvo da operação

Além de Sidney, Mario Otávio Gomes, diretor estatutário do grupo Fast Shop, está preso em um apartamento na zona Norte de São Paulo.

Buscas, apreensões e provas

Além das prisões, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços residenciais dos investigados e nas sedes das empresas envolvidas. Em um dos imóveis, localizado em Alphaville, promotores e policiais encontraram dinheiro em espécie e pacotes de esmeralda.

Foto: Reprodução/TV Globo

O MP-SP disse que o auditor fiscal manipulava processos administrativos para facilitar a quitação de créditos tributários de empresas. Em troca, recebia propinas mensais por meio de uma empresa registrada em nome de sua mãe.

A operação é resultado de meses de investigação, que incluiu análise de documentos, quebra de sigilos e interceptações telefônicas, todas com autorização judicial.

Crimes investigados

Os investigados poderão responder por corrupção ativa e passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro.

O que diz a Secretaria da Fazenda?

Em nota oficial, a Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) informou que instaurou um processo administrativo para apurar a conduta do servidor envolvido. A pasta também solicitou ao Ministério Público o compartilhamento das informações da investigação.


Leia também:

Sidney Leite é indicado para ser titular na CPMI do INSS

“Eu sou o candidato à reeleição”, confirma Sidney Leite sobre eleições de 2026


Leia a íntegra da nota da Sefaz-SP:

“A Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo (Sefaz-SP) está à disposição das autoridades e colaborará com os desdobramentos da investigação do Ministério Público por meio da sua Corregedoria da Fiscalização Tributária (Corfisp).

Enquanto integrante do CIRA-SP – Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos – e diversos grupos especiais de apuração, a Sefaz-SP tem atuado em diversas frentes e operações no combate à sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e ilícitos contra a ordem tributária, em conjunto com os órgãos que deflagraram operação na data de hoje.

Além disso, a Sefaz-SP informa que acaba de instaurar processo administrativo para apurar, com rigor, a conduta do servidor envolvido e que solicitou formalmente ao Ministério Público do Estado de São Paulo o compartilhamento de todas as informações pertinentes ao caso.

A administração fazendária reitera seu compromisso com os valores éticos e justiça fiscal, repudiando qualquer ato ou conduta ilícita, comprometendo-se com a apuração de desvios eventualmente praticados, nos estritos termos da lei, promovendo uma ampla revisão de processos, protocolos e normatização relacionadas ao tema.”

*com informações do G1