A orla do bairro Maracanã, em Praia Grande, no litoral sul de São Paulo, tem sido alvo de reclamações constantes por parte de moradores devido à prática recorrente de sexo ao ar livre. Segundo relatos, o local, já apelidado pelos moradores de “praia do bacanal” , tem amanhecido coberto por camisinhas usadas e outros resíduos, principalmente nas imediações do número 10.152 da Avenida Presidente Castelo Branco, entre postos de salva-vidas.
De acordo com uma moradora que preferiu não se identificar, o local se consolidou como ponto de encontro sexual noturno, frequentado majoritariamente por homens mais velhos. Ela afirma que um grupo de WhatsApp, denominado “Nu na PG”, seria utilizado para combinar os encontros na faixa de areia.
“Se andar à noite por ali, você vê tudo. E aí, no dia seguinte, fica cheio de camisinha e sujeira”, relatou a moradora ao portal Metrópoles. Segundo ela, é comum ver homens se aproximando em fila, aguardando o término de uma relação sexual para iniciar outra, além de presenciar atos explícitos, como sexo oral e penetração, à vista de quem passa.
Ela ainda denuncia que muitos dos frequentadores são homens em busca de garotos de programa. “Vejo homens bem arrumados parando o carro e indo à praia esperar o outro terminar o ato para ir”, afirmou.
Mãe de um menino de dois anos, a moradora relata preocupação com os riscos à saúde e segurança das crianças. “Meu filho já pisou em uma camisinha e quase pegou. Teve um dia que ele foi brincar perto da cadeira dos salva-vidas e encontrou uma camisinha aberta perto da água”, contou, indignada.

A falta de iluminação na orla à noite seria, segundo ela, um dos principais fatores que favorecem a continuidade da prática. “Estou há cinco anos aqui e nunca vi ninguém fazer nada. A situação continua”, concluiu.
A reportagem procurou a Prefeitura de Praia Grande para comentar a situação e saber se há previsão de ações de fiscalização, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.
*Com informações do Metrópoles.