O relatório que embasou a operação contra supostas fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) flagrou o policial federal Philipe Roters Coutinho, um dos investigados, oferecendo uma “carona” ao procurador do INSS Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira e ao empresário Danilo Bernt Trento, em uma área restrita de um aeroporto.
Ainda segundo a PF, todo o trajeto foi feito “em viatura ostensiva da Polícia Federal, de uso exclusivo em serviço por policiais federais”. Além disso, durante a operação do dia 23 de abril, os agentes encontraram US$ 200 mil dólares em endereços ligados a Coutinho.
Os investigadores suspeitam que ele esteja envolvido com agentes públicos beneficiados pelo dinheiro descontado indevidamente de aposentados e pensionistas. Roters é agente da PF lotado no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP).
Segundo o relatório da PF, Philipe Roters Coutinho “possui, assim como diversos investigados, movimentações em viagens com perfil de compra atípico, consubstanciadas em deslocamentos com compra de passagens ’em cima da hora’ e voos ‘bate/volta’, principalmente para Brasília”.
Leia mais
Pesquisa Atlas: 85% dos brasileiros querem demissão de Carlos Lupi após escândalo no INSS
Procurador do INSS, Virgilio Antônio Ribeiro de Oliveira está entre os cinco servidores do INSS afastados do cargo na última semana, durante a operação.
O então presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, também foi retirado da função e, posteriormente, demitido.
Philipe Roters Coutinho foi afastado do cargo, e teve o celular e computador apreendidos durante as investigações.