Petrobrás recebe autorização do Ibama para perfuração e exploração de poço no Foz do Amazonas

(Foto: Agência Brasil)
O Ibama licenciou a Petrobrás para fazer a perfuração de um poço exploratório em águas profundas na região do Foz do Amazonas. A licença foi concedida nesta segunda-feira (20/10). A área apresenta grande potencial para a descoberta de petróleo e gás.
Segundo informações do Ibama, a autorização foi dada depois de ajustes técnicos e melhorias no projeto da estatal. A Petrobras informou que apresentou um plano “robusto” de proteção ambiental, garantindo que o trabalho vai seguir todos os padrões de segurança.
A empresa destacou ainda que abrir novas frentes de exploração é essencial para garantir a segurança energética e financiar a transição para fontes mais limpas no futuro.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, celebrou a liberação e disse que a Margem Equatorial representa “o futuro da soberania energética brasileira”. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem afirmando que o país deve explorar seus recursos com responsabilidade, lembrando que nenhum país do mundo abandonou totalmente os combustíveis fósseis.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), também comentou a decisão, dizendo que a licença mostra que é possível conciliar desenvolvimento econômico e preservação ambiental, com benefícios diretos para as comunidades locais.
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Já os ambientalistas criticaram a medida, afirmando que a decisão enfraquece o discurso ambiental do governo às vésperas da COP30.
O bloco autorizado, FZA-M-059, fica a cerca de 500 km da foz do Rio Amazonas e 175 km da costa, em mar aberto. A perfuração deve começar nos próximos dias e deve durar cerca de cinco meses.
Segundo a Petrobras, o objetivo inicial é coletar dados geológicos e verificar se há petróleo e gás em quantidade comercial. A expectativa é alta: especialistas apontam que a região pode se tornar um “novo pré-sal”, com potencial para produzir até 1,1 milhão de barris por dia — volume superior ao dos campos de Tupi e Búzios.
O Ministério de Minas e Energia estima que a área possa conter até 10 bilhões de barris de petróleo, o que ampliaria as reservas nacionais e garantiria autossuficiência energética até 2030.
*Com informações do G1.
