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“Pegada suicida”: homem que morreu ao levantar barra em academia usava equipamento de modo inadequado, diz especialista

Especialista aponta que forma como barra estava sendo manuseada pela vítima pode ter aumentado as chances do acidente
04/12/25 às 09:59h
“Pegada suicida”: homem que morreu ao levantar barra em academia usava equipamento de modo inadequado, diz especialista

Homem sofre acidente em academia (Foto: Reprodução).

Ronald José Salvador Montenegro, de 55 anos, o homem que morreu em uma academia em Olinda (PE) ao deixar cair sobre seu peito uma barra de supino, não estava manuseando o equipamento de forma correta. Essa é a conclusão de um especialista que analisou o vídeo da câmera de segurança da academia, que gravou o acidente.

Veja a cena abaixo:

Segundo Lúcio Beltrão, presidente do Conselho Regional de Educação Física (Cref) da 12ª Região/Pernambuco, a forma como Ronald segurava a barra, sem colocar os polegares ao redor do equipamento, é considerada inadequada.

Nas imagens, é possível ver que a pegada utilizada por Ronald é conhecida como “pegada suicida”, ou “false grip”, quando o dedo polegar não envolve a barra. O equipamento, então, fica apoiado nas palmas das mãos e nos outros dedos.

“Acho que ele pegou os cinco dedos passando da barra, se eu não me engano. Era para ter fechado. Esse nome [pegada suicida] é o que a turma chama, não é um nome científico, mas ele se colocou em risco, em perigo. […] O risco é o que aconteceu, que é escorregar e cair. Quando você fecha o dedo, diminui o risco de a barra cair, porque você tem um dedo ali dificultando. Eu diria que tudo que você pode fazer para reduzir o risco, você deve tentar”.


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Ainda segundo o profissional, não se pode afirmar que essa foi a causa do acidente, mas a pegada durante a prática do exercício aumentou os riscos para a vítima.

“Podia não ter sido isso, poderia ser que, mesmo com o dedo ali, a carga seria tão alta que ele não teria sustentado. Bom, tem muitos ‘se’, mas a pegada correta, a carga correta, são um conjunto de fatores que ajudam a evitar o acidente”.

Beltrão também ressaltou que acompanhamento profissional é essencial.

“Eu vi que no final, o professor chega depois. Não sei se ensinou [a pegada correta] e ele não fez, se ele viu alguém fazendo e foi copiar, ou se ele viu na internet… Deveria ter pego com os dois dedos tocando um no outro, mas ele deixou o polegar de fora e [a barra] escorregou na parte final da mão”.

O laudo sobre a causa da morte de Ronald ainda não foi finalizado.

*Com informações de G1