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Casos de passageiros indisciplinados disparam e empresas aéreas defendem lista de restrição

Registros cresceram 87% em 2025, segundo a Abear, e setor propõe “No Flight List” para impedir temporariamente o embarque de infratores
21/12/25 às 16:45h
Casos de passageiros indisciplinados disparam e empresas aéreas defendem lista de restrição

Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

As companhias aéreas brasileiras têm adotado uma postura mais rigorosa diante do aumento expressivo de casos de passageiros indisciplinados. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), foram registrados 979 episódios entre janeiro e agosto de 2025, alta de 87% em relação ao mesmo período de 2024. As ocorrências consideradas graves somaram 210 casos, crescimento de 55% em um ano.

O endurecimento das medidas ocorre em meio a episódios de vandalismo e comportamentos inadequados a bordo. Um dos casos recentes envolveu um passageiro da Azul Linhas Aéreas, em voo internacional de Fort Lauderdale, nos Estados Unidos, para Campinas (SP), que danificou deliberadamente o sistema de entretenimento da poltrona após se irritar com a recusa de outra passageira em trocar de assento. O prejuízo foi avaliado em US$ 461,43, cerca de R$ 2,6 mil.

Mesmo após o reparo do equipamento, a companhia levou o caso à esfera criminal. O passageiro firmou um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) com o Ministério Público, comprometendo-se a ressarcir integralmente o dano e a pagar R$ 6.072 a uma entidade ligada ao setor de aviação civil.

Diante da escalada de ocorrências, a Abear defende a criação de uma “No Flight List”, que impediria temporariamente o embarque de passageiros considerados indisciplinados. Segundo o presidente da entidade, Juliano Noman, a proposta prevê o compartilhamento da lista entre as companhias aéreas que operam no país, com restrição de até um ano para os sancionados.

O modelo já é adotado em países como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália e na União Europeia. No Brasil, a verificação ocorreria no momento da compra da passagem ou no check-in. A associação também participa de consulta pública da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) sobre o tema.

 

Com informações de Poder360.