
Baleia é encontrada morta em orla do Rio de Janeiro
Na tarde desta segunda-feira (21/7), uma baleia foi encontrada morta na orla do Rio de Janeiro. Segundo o G1, o corpo do animal estava a 500 metros do costão da Avenida Niemeyer, uma das principais da região.
Sobe a baleia
O animal, da espécie jubarte, estava em estado avançado de decomposição e foi levado pela correnteza em direção à praia de São Conrado.
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Outro animal encontrado morto
Segundo o Instituto Argonauta, entidade de defesa do meio ambiente situada em Ubatuba, litoral de São Paulo, em uma semana três baleias-jubarte foram encontradas mortas nas praias de São Sebastião. No último dia do mês de junho, uma baleia foi localizada na praia de Guaecá e em 6 de julho, mais duas foram encontradas mortas na praia de Boraceia e em Paúba.
Pescadores que passavam na praia de Picinguaba, em Ubatuba, avistaram uma quarta carcaça de baleia. Os pescadores avisaram a equipe de monitoramento do Argonauta, mas, quando chegaram à região, os técnicos não conseguiram localizar a baleia morta.
Diante desses casos, sobe para seis o número de baleias encontradas mortas no litoral norte de São Paulo durante os últimos meses.
Com o estado avançado de decomposição não foi possível identificar a causa das mortes das três carcaças localizadas entre 30 de junho e 6 de julho que eram de baleias-jubarte juvenis (Megaptera novaeangliae).
“Além das possíveis causas naturais, a mortalidade destes animais pode estar relacionada à falta de alimento, doenças e interação incidental com a pesca e até abalroamento com embarcações”, afirmou o oceanólogo Hugo Gallo Neto, presidente do Instituto Argonauta.
As carcaças de baleias encontradas mortas na areia são enterradas, como é recomendado.
“Desenvolvemos uma técnica de encalhe e acompanhamento de decomposição de carcaças quando encontradas em alto mar, que é a melhor alternativa. Porém, quando os animais já estão encalhados na areia, o enterro da carcaça é a opção adequada. Quando esse enterro é realizado de forma correta, não oferece risco de contaminação às praias. Pelo contrário, este procedimento é uma prática segura e benéfica, pois as carcaças enterradas retornam nutrientes ao ambiente, contribuindo para a manutenção da saúde do ecossistema local”, disse o oceanólogo.
“As carcaças foram registradas e tiveram materiais coletados que servirão para futuras análises e pesquisas sobre a ocorrência destes animais na região”, disse a bióloga Carla Beatriz Barbosa, coordenadora do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) no trecho 10 (Litoral Norte de SP). O PMP-BS é uma atividade desenvolvida para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal das atividades da Petrobras de produção e escoamento de petróleo e gás natural na Bacia de Santos, conduzido pelo Ibama.
As baleias-jubarte são mamíferos marinhos que podem atingir 16 metros de comprimento e pesar até 40 toneladas. São animais migratórios, que anualmente percorrem grandes distâncias ao longo da costa brasileira.
Os mamíferos no outono e inverno, de deslocam para o Nordeste do Brasil para se reproduzir, dar à luz e alimentar seus filhotes. Nessa época é normal ver com frequência esses animais. No verão, eles retornam para os mares antárticos para se alimentarem.
Recentemente, as baleias-jubarte saiu da lista de ameaçadas de extinção devido o número dos mamíferos ter aumentado. A manutenção deste status depende da conservação dos oceanos e do habitat.
O Instituto Argonauta foi fundado em 1998 pela diretoria do Aquário de Ubatuba e reconhecido em 2007 como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip). O Instituto tem como objetivo a conservação do meio ambiente e é uma das instituições executoras do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos.
*Com informações do G1.