O rapper Oruam, de 23 anos, anunciou na noite desta quinta-feira (20/2) o lançamento de um novo álbum intitulado “Liberdade”. O artista foi detido por “direção perigosa” e liberado nessa tarde no Rio de Janeiro.
Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, saiu da delegacia após pagar uma fiança de 40 salários mínimos, o que corresponde a R$ 60.720,00.
Ao sair da delegacia, repórteres perguntaram se a detenção foi uma “jogada de marketing” e o rapper rebateu e bateu boca com a imprensa.
Em uma das imagens de divulgação do novo trabalho, Oruam e familiares utilizam uma camisa estampada com o rosto do pai, o traficante Marcinho VP, com os dizeres “liberdade”.
Márcio Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, é um dos maiores chefes da facção criminosa Comando Vermelho e está preso desde 1996. Ele foi condenado pelos crimes de tráfico de drogas e homicídio. As penas somam 44 anos de prisão.
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Lei anti-Oruam
Diversos políticos pelo Brasil entraram com propostas legislativas, neste ano, para proibir a contratação de shows, pelo poder público, de artistas que façam “apologia” a drogas ou crime. As medidas foram batizadas de “Lei Anti-Oruam”.
O rapper, que tem 8,7 milhões de seguidores no Instagram e uma das músicas mais tocadas no Spotify, reagiu. No X, escreveu: “eles nunca vão aceitar ver um menino que veio da onde vim feliz, eu tô só começando, quero fazer história”.
Polêmica no Lollapalooza 2024
No Lollapalooza 2024, Oruam vestiu, durante seu show, uma camisa semelhante a utilizada na divulgação do novo álbum e foi criticado pela ação.
Após a polêmica, o artista se pronunciou em seu perfil no Instagram. “Meu pai errou, mas está pagando pelos seus erros e com sobra. Só queria que pudesse cumprir uma pena digna e saísse de cabeça erguida”, alegou.