Menos de uma semana após a morte da estudante Dayane de Jesus, de 22 anos, durante um exercício, a academia Forma Fitness, em Copacabana, retomou suas atividades e gerou indignação nas redes sociais ao divulgar um comunicado polêmico.
A publicação, feita nesta sexta-feira (23/5), debochou de quem criticou a empresa e chegou a direcionar ataques a funcionários que discordam da condução da situação. “Aos que trabalham na empresa como personal e discordam, cai fora… Ninguém está aqui obrigado… A empresa tem dono! Não gostou, é só sair…”, dizia o texto, que já foi apagado.
Dayane passou mal e caiu no chão durante o treino na última terça-feira (20). A jovem foi socorrida por outro aluno, que alegou ser médico. A academia foi interditada pela Polícia Civil no dia seguinte, após a constatação de que não havia um desfibrilador no local, item obrigatório por lei.
Na quinta-feira (22), a 12ª DP confirmou que o equipamento de emergência foi adquirido, permitindo a reabertura. No entanto, o tom adotado pela empresa ao anunciar o retorno causou ainda mais revolta. “Voltamos com força total!”, dizia o post. A academia também afirmou ser “obcecada por segurança”, e classificou o caso como uma “fatalidade”.
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Em outro trecho, o perfil da Forma Fitness menciona “frutos podres” e afirma que “a vida é um sopro, mas vamos vivê-la intensamente”, encerrando com um incentivo ao treino e uma citação bíblica: “Mil cairão ao teu lado, e dez mil à tua direita, mas tu não serás atingido.”
Antes disso, uma nota assinada por advogados havia sido divulgada, lamentando o ocorrido e informando o restabelecimento das atividades.
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