O secretário de Saúde do Amazonas, Anoar Samad, ressaltou que a vacina contra a Covid-19 é a principal medida de prevenção contra a nova variante identificada no país, a Deltacron. O Ministério da Saúde confirmou, nesta terça-feira, dia 15, o registro de dois casos desta variante no Brasil, um no Pará e outro no Amapá.
Segundo o secretário Samad, “Esta variante possui carga viral que se origina, principalmente, da variante Ômicron. Por conta disto, o risco de que haja uma nova alça epidemiológica é considerado baixo”. A variante Ômicron gerou uma terceira onda de Covid no estado, mas mostrou menor número de internações devido ao avanço da vacinação.
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“Deltacron! Chamamos esse tipo de vírus de vírus recombinante”, disse Samad. “Apesar de existir, pelo menos desde janeiro deste ano, ainda não demonstrou capacidade de crescer e de se tornar a variante dominante. O genoma deste vírus recombinante também sugere que não representaria uma nova fase da pandemia, pois o que codifica a proteína de superfície do vírus, conhecida como Spike, vem quase inteiramente da Ômicron. O resto do genoma é Delta”
“A proteína Spike é a parte mais importante no mecanismo de invadir as células do nosso corpo. É também o principal alvo dos anticorpos produzidos por meio de infecções e vacinas. Portanto, as defesas que as pessoas adquiriram contra a Ômicron por meio de infecções, vacinas ou ambos, devem funcionar muito bem contra essa nova variante recombinante”, completou Samad.
Além disso, a diretora-presidente da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), Tatyana Amorim, também falou sobre a nova variante e ressalta que uso de máscara e vacinação continuam sendo as maiores armas para o enfrentamento da Covid. “É importante salientar que a máscara permanece obrigatória em ambientes fechados. A responsabilidade é de todos nós, então é preciso que as pessoas com mais de 70 anos e quem tem comorbidades e doenças de imunossupressão usem máscara e mantenham a higiene das mãos”.