De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até esta terça-feira, 19, o número de queimadas registradas na Amazônia superou o total registrado durante todo o ano de 2021.
De janeiro a setembro de 2022, em exatamente nove meses incompletos, foram contabilizados 76.587 focos de incêndio na região amazônica. Ano passado, o número de registros foi de 75.090, segundo o Inpe.
Os registros de cada mês vem crescendo desde maio, em relação ao mesmo período do ano passado. Além disso, os dados avançaram muito negativamente em setembro. No mesmo mês em 2021, o números de focos de incêndio foi de 2.799, enquanto que esse mês já têm 18.374 focos registrados em apenas uma semana. Quase 10% a mais comparado com o mesmo período do ano passado.
As queimadas são consequência do aumento do desmatamento na Amazônia, que seguem na contramão dos compromissos assumidos pelo Brasil de lutar pelo desmatamento zero. Em agosto, os alertas de desmate na Amazônia tiveram o segundo pior mês na série histórica, de acordo com o Inpe.
2022 registrou a maior taxa de alerta de desmate para um primeiro semestre em sete de medição na Amazônia Legal – região que corresponde a 59% do território brasileiro e que engloba a área de nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e uma parte do Maranhão.
Em um dos dias da atual “temporada de queimadas”, a fumaça de incêndio na Amazônia cruzou o céu do Brasil deixando cheiro de queimado em São Paulo e tarde nublada no Rio grande do Sul.