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Neurocirurgião aponta as bebidas que mais aumentam o risco de AVC

Especialista explica porque bebidas contribuem para a condição, que se tornou problema de saúde pública inclusive no Brasil
27/12/25 às 11:00h
Neurocirurgião aponta as bebidas que mais aumentam o risco de AVC

(Foto: reprodução)

O AVC (acidente vascular cerebral) já é uma das maiores causas de morte no Brasil. No ano passado, o número total de óbitos pela condição chegou a 85.427 casos, conforme dados da Sociedade Brasileira de AVC (SBAVC). Esse quantitativo ultrapassou o de infarto, que matou 77.886 pessoas no mesmo período.

O excesso de bebida alcóolica é um dos fatores de risco para um AVC. Em virtude disso, e também da época das festas, o médico Victor Hugo Espíndola elencou as bebidas são “as mais prejudicais para o risco da doença”.

De acordo com o neurocirurgião vascular, destilados como vodca, uísque, cachaça e tequila são as bebidas mais prejudiciais para o risco de AVC e devem ser evitadas totalmente por quem já teve o quadro. Ele afirma:

Mesmo em pequenas quantidades, o padrão de consumo episódico é particularmente nocivo”.

Ele também elencou porque essas bebidas contribuem para a condição:

  • Alta concentração alcoólica, ou seja, picos rápidos de etanol no sangue.
  • Aumentam agudamente a pressão arterial, um dos principais fatores de risco para AVC isquêmico e hemorrágico.
  • Associam-se a arritmias, especialmente fibrilação atrial, elevando o risco de AVC cardioembólico.
  • Potencializam a desidratação e o aumento da viscosidade sanguínea, favorecendo o quadro de trombose.
  • Maior relação com acidente vascular cerebral hemorrágico por elevação abrupta da pressão e fragilidade vascular.

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O médico também reforça:

“Do ponto de vista neurológico e vascular, não existe bebida alcoólica ‘segura’ para quem tem probabilidade de ter AVC. O risco é dose-dependente e padrão-dependente, e a prevenção passa, na prática clínica, por redução significativa ou abstinência, especialmente em pacientes com fatores de risco prévios (hipertensão, diabetes, fibrilação atrial, estenose carotídea e AVC prévio)”.

A tendência é que a doença se torne mais comum, com fatores da vida moderna contribuindo para a sua ocorrência: Em 2023, a Organização Mundial do AVC divulgou um estudo com a estimativa de que o número de mortes pela doença no mundo poderá aumentar 50% e atingir quase 10 milhões de pessoas até 2050.

*Com informações de Metrópoles