Neurocirurgião aponta as bebidas que mais aumentam o risco de AVC

(Foto: reprodução)
O AVC (acidente vascular cerebral) já é uma das maiores causas de morte no Brasil. No ano passado, o número total de óbitos pela condição chegou a 85.427 casos, conforme dados da Sociedade Brasileira de AVC (SBAVC). Esse quantitativo ultrapassou o de infarto, que matou 77.886 pessoas no mesmo período.
O excesso de bebida alcóolica é um dos fatores de risco para um AVC. Em virtude disso, e também da época das festas, o médico Victor Hugo Espíndola elencou as bebidas são “as mais prejudicais para o risco da doença”.
De acordo com o neurocirurgião vascular, destilados como vodca, uísque, cachaça e tequila são as bebidas mais prejudiciais para o risco de AVC e devem ser evitadas totalmente por quem já teve o quadro. Ele afirma:
“Mesmo em pequenas quantidades, o padrão de consumo episódico é particularmente nocivo”.
Ele também elencou porque essas bebidas contribuem para a condição:
- Alta concentração alcoólica, ou seja, picos rápidos de etanol no sangue.
- Aumentam agudamente a pressão arterial, um dos principais fatores de risco para AVC isquêmico e hemorrágico.
- Associam-se a arritmias, especialmente fibrilação atrial, elevando o risco de AVC cardioembólico.
- Potencializam a desidratação e o aumento da viscosidade sanguínea, favorecendo o quadro de trombose.
- Maior relação com acidente vascular cerebral hemorrágico por elevação abrupta da pressão e fragilidade vascular.
Leia mais:
Como saber se é um AVC? Veja os principais sinais de alerta
AVC: Problema de saúde pública mata um brasileiro a cada 6 minutos, saiba como se prevenir
O médico também reforça:
“Do ponto de vista neurológico e vascular, não existe bebida alcoólica ‘segura’ para quem tem probabilidade de ter AVC. O risco é dose-dependente e padrão-dependente, e a prevenção passa, na prática clínica, por redução significativa ou abstinência, especialmente em pacientes com fatores de risco prévios (hipertensão, diabetes, fibrilação atrial, estenose carotídea e AVC prévio)”.
A tendência é que a doença se torne mais comum, com fatores da vida moderna contribuindo para a sua ocorrência: Em 2023, a Organização Mundial do AVC divulgou um estudo com a estimativa de que o número de mortes pela doença no mundo poderá aumentar 50% e atingir quase 10 milhões de pessoas até 2050.
*Com informações de Metrópoles






