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Governo do Amazonas reúne instituições para debater estratégias de enfrentamento à mosca-da-carambola

A praga considerada de alto risco fitossanitário e com potencial de causar prejuízos à produção agrícola no Amazonas
26/12/25 às 17:40h
Governo do Amazonas reúne instituições para debater estratégias de enfrentamento à mosca-da-carambola

(Foto: divulgação)

Representantes do Governo do Amazonas, órgãos federais, municipais e do setor produtivo se reuniram nesta sexta-feira (26/12), em Manaus, para alinhar ações de combate à mosca-da-carambola, praga considerada de alto risco fitossanitário e com potencial de causar prejuízos à produção agrícola no Amazonas. O encontro ocorreu na sede da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) e teve como foco a definição de estratégias integradas para conter a disseminação do inseto.

A mobilização ocorre após o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) decretar estado de quarentena nos municípios de Manaus, Itacoatiara e Rio Preto da Eva, onde foram identificados focos da praga. Também foi estabelecida uma zona tampão em cidades vizinhas, como medida preventiva para impedir o avanço da mosca para outras regiões do estado.

Participaram da reunião representantes da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf), do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), da Associação Amazonense dos Municípios (AAM), do Ministério da Agricultura e da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento, Centro e Comércio Informal (Semacc).

O secretário da Sepror, Daniel Borges, detalhou as estratégias que serão adotadas para o combate e a conscientização da nova praga.

“Vamos criar um comitê estadual, com a participação dos municípios afetados e em alerta, sob coordenação do Governo do Estado, por meio da Sepror. A proposta é desenvolver um trabalho transversal, levando informações às comunidades, com técnicos do Idam orientando os produtores, fiscalização rigorosa da Adaf e a implantação de barreiras de proteção para impedir que a praga chegue a outros municípios”, afirmou.

O diretor-presidente da Adaf, José Omena, informou que ações de educação sanitária já estão em andamento em pontos estratégicos, como o porto e o aeroporto de Manaus, com previsão de ampliação para outras áreas de grande circulação. “Em breve, estaremos também no porto da Ceasa”, afirmou.


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Entidades do setor produtivo destacaram a importância do trabalho integrado entre os governos federal, estadual e municipal. Para a Faea, a articulação entre os diferentes níveis de gestão é fundamental para conter e erradicar a praga, que voltou a impactar a produção rural no estado.

O Idam reforçou que, por estar presente em todos os municípios do Amazonas, terá papel central tanto na fiscalização quanto na disseminação de informações técnicas sobre prevenção e controle da mosca-da-carambola. A AAM alertou que a expansão da praga representa riscos diretos para produtores e consumidores, além de possíveis impactos econômicos.

(Foto: divulgação)

De acordo com o Mapa, a presença da mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae) foi identificada em 2 de dezembro durante monitoramento de rotina em Rio Preto da Eva. A amostra foi analisada pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, em Goiânia. Mesmo antes da confirmação, medidas fitossanitárias previstas em norma federal já haviam sido adotadas.

Considerada praga quarentenária, a mosca-da-carambola ataca diversas culturas, como carambola, manga, goiaba, acerola, mamão, tomate, pimenta, caju e laranja. Introduzido no Brasil em 1996, o inseto estava restrito a áreas dos estados de Roraima, Amapá e parte do Pará. Além de provocar perdas econômicas, a praga pode gerar restrições sanitárias às exportações de frutas.

Com a atuação conjunta do Governo do Amazonas, do Mapa, dos municípios e de entidades do setor produtivo, a estratégia é conter o avanço da praga, preservar a produção agrícola e reduzir riscos à segurança alimentar no estado.