No Brasil, existem mais de 70 espécies de carrapatos e deste quantitativo, 22 espécies já foram identificadas no Amazonas. Isso indica, que não existe apenas um ou dois tipos de carrapato, o mundo biológico destes animais vai além dos associados a cães e bovinos.
Do total de espécies encontradas no Amazonas, 16 são da mesma família do carrapato estrela, do gênero Amblyomma e duas espécies são do gênero Ripichephalus, mais comum em cachorros. Em resumo, conforme a tabela abaixo, tudo que for Amblyomma é considerado carrapato estrela, e tudo que for Ripichephalus sanguíneos é o carrapato do cão.
A explicação faz parte do estudo realizado pelo Biólogo e Professor Associado do Departamento de Biologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Dr. Sérgio Luís Gianizella, que concedeu entrevista com exclusividade ao Portal Rede Onda Digital.
As espécies que estão transmitindo a febre maculosa no Sudeste são: Amblyomma sculptum e Amblyomma aoreolatum. Elas não foram registradas no Amazonas até o momento.
“Hoje no Brasil, temos possibilidade de transmissão de Febre Maculosa por carrapatos do gênero Amblyomma e do gênero Ripichephalus, essas duas espécies são capazes de transmitir, mas o que tem acontecido atualmente no sudeste do País é o contato com espécies do carrapato estrela do gênero Amblyomma. No Amazonas, não há nenhuma dessas duas espécies de carrapatos principais transmissores da doença, as espécies de carrapato encontradas aqui são diferentes das que existem em São Paulo”, esclarece Sérgio.
Baseado em estudos realizados aos longo dos anos, os carrapatos do gênero Amblyomma foram encontrados, até então, apenas em animais silvestres. Ou seja, as espécies encontradas em cães não são transmissores da febre maculosa, explica Sérgio.
“O nosso trabalho tem visto nos últimos anos que o carrapato estrela está muito associado a animais silvestres. já encontramos uma quantidade muito grande em mamíferos, répteis, aves e anfíbios. Fizemos uma investigação em cães, mas não foi encontrado o carrapato estrela em cães até o momento, transmissor da Febre Maculosa”, destaca.
Doutor em biologia Sérgio Luís Gianizella (Foto: Arquivo Pessoal)
O levantamento de carrapatos ixodídeos associados a animais silvestres, coletados em fragmentos florestais de Manaus por Gianizella, identificou espécies diferentes de carrapatos em 16 dos 62 municípios do Amazonas.
Mapa dos municípios onde os carrapatos ixodídeos foram identificados no Amazonas (Imagem: Divulgação)
Febre maculosa
Após suspeitas e casos confirmados de febre maculosa, até o momento registrados no interior de São Paulo, a doença ganhou destaque e aumentou a preocupação da população.
De acordo com o Ministério da Saúde, a febre maculosa é uma doença infecciosa, febril aguda e de gravidade variável, causada por uma bactéria do gênero Rickettsia, transmitida pela picada do carrapato. Ela pode variar desde as formas clínicas leves e atípicas até formas graves, com elevada taxa de letalidade.
Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o diagnóstico da febre maculosa é difícil de detectar, principalmente durante os primeiros dias de doença, tendo em vista que os sintomas também são parecidos com outras doenças, como leptospirose, dengue, hepatite viral, salmonelose, encefalite, malária, meningite, sarampo, lúpus e pneumonia.
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No Brasil, existem mais de 70 espécies de carrapatos e deste quantitativo, 22 espécies já foram identificadas no Amazonas. Isso indica, que não existe apenas um ou dois tipos de carrapato, o mundo biológico destes animais vai além dos associados a cães e bovinos.
Do total de espécies encontradas no Amazonas, 16 são da mesma família do carrapato estrela, do gênero Amblyomma e duas espécies são do gênero Ripichephalus, mais comum em cachorros. Em resumo, conforme a tabela abaixo, tudo que for Amblyomma é considerado carrapato estrela, e tudo que for Ripichephalus sanguíneos é o carrapato do cão.
A explicação faz parte do estudo realizado pelo Biólogo e Professor Associado do Departamento de Biologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Dr. Sérgio Luís Gianizella, que concedeu entrevista com exclusividade ao Portal Rede Onda Digital.
As espécies que estão transmitindo a febre maculosa no Sudeste são: Amblyomma sculptum e Amblyomma aoreolatum. Elas não foram registradas no Amazonas até o momento.
“Hoje no Brasil, temos possibilidade de transmissão de Febre Maculosa por carrapatos do gênero Amblyomma e do gênero Ripichephalus, essas duas espécies são capazes de transmitir, mas o que tem acontecido atualmente no sudeste do País é o contato com espécies do carrapato estrela do gênero Amblyomma. No Amazonas, não há nenhuma dessas duas espécies de carrapatos principais transmissores da doença, as espécies de carrapato encontradas aqui são diferentes das que existem em São Paulo”, esclarece Sérgio.
Baseado em estudos realizados aos longo dos anos, os carrapatos do gênero Amblyomma foram encontrados, até então, apenas em animais silvestres. Ou seja, as espécies encontradas em cães não são transmissores da febre maculosa, explica Sérgio.
“O nosso trabalho tem visto nos últimos anos que o carrapato estrela está muito associado a animais silvestres. já encontramos uma quantidade muito grande em mamíferos, répteis, aves e anfíbios. Fizemos uma investigação em cães, mas não foi encontrado o carrapato estrela em cães até o momento, transmissor da Febre Maculosa”, destaca.
Doutor em biologia Sérgio Luís Gianizella (Foto: Arquivo Pessoal)
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Mapa dos municípios onde os carrapatos ixodídeos foram identificados no Amazonas (Imagem: Divulgação)
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Após suspeitas e casos confirmados de febre maculosa, até o momento registrados no interior de São Paulo, a doença ganhou destaque e aumentou a preocupação da população.
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