A fachada do Teatro Amazonas recebeu a instalação de “Entidades”, e nos grupos do WhatsApp, as “cobras” entrelaçadas nas colunas da entrada do majestoso, deram o que falar.
A obra é do artista roraimense e ativista indígena Jaider Esbell, falecido em 2021, e faz parte do Circuito Urbano de Arte (Cura), um projeto criado em Minas Gerais, que chega ao Norte do País e recebe o nome de Cura Amazônia.
Trazendo a força da floresta e dos seres, com forte influência da cosmologia indígena, a obra apresenta a pesquisa e a poética de Jaider em torno da “Cobra Grande”, a grande avó universal. Composta por duas cobras infláveis de 17 metros de comprimento por 1,5 metros de largura, cada uma, a instalação foi criada em 2020 para a 5ª edição do Cura, em Belo Horizonte.
O Cura Amazônia decora toda a região central da cidade, alcançando também as empenas dos edifícios Rio Madeira e Cidade de Manaus, que se transformam em ‘tela gigantes’ para receber as criações dos artistas visuais Denilson Baniwa e Olinda Silvano.
Leia mais:
Desafiada, turista prova água da Ponta Negra após afirmarem que era salgada
As pinturas poderão ser acompanhadas a partir do mirante montado pelo Cura, na lateral do Teatro Amazonas, no Largo São Sebastião, que proporciona uma visão privilegiada das duas construções.
Segundo a diretora artística do projeto, Janaína Macruz, além das intervenções urbanas, o projeto conta com uma programação presencial, com rodas de conversas e shows, que acontecem entre os dias 10 e 12 de agosto no Largo de São Sebastião e no Casarão de Ideias.
“É uma honra estar em Manaus pela primeira vez com esse projeto, que há algumas edições já retrata a Amazônia e suas belezas. O Cura é um festival internacional, um dos maiores da América Latina, com protagonismo feminino”, conta Janaína, que é uma das idealizadoras do evento.
O Cura Amazônia é uma realização da Agência Urbana de Arte (AGUA), com patrocínio da 3M, apoio da Tintas Coral, Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Amazonas, Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult), Centro Cultural Casarão de Ideias (CCCI) e Centro de Atenção à Saúde e Segurança no Trabalho (CASST), além da produção local do coletivo Graffiti Queens e incentivo da Lei Federal de Incentivo à Cultura.