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Caso Bruno e Dom: Em audiência, dois dos três réus confessam crime

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Nesta segunda-feira (8), a Justiça Federal terminou de colher os depoimentos dos réus envolvidos no assassinato do indigenista brasileiro Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips. Dois dos três envolvidos confessaram o crime.

A audiência foi realizada no Fórum de Tabatinga, no interior do Amazonas, de maneira remota. Foram ouvidos os réus Amarildo da Costa Oliveira, conhecido como “Pelado”, Oseney da Costa de Oliveira, vulgo “Dos Santos” e Jefferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha”.

Os réus estão em presídios federais, nos estados do Paraná e Mato Grosso. Eles respondem pelos crimes de duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

O juiz Fabiano Verli inicialmente adiou os depoimentos marcados para iniciar às 8h, para às 14h. A audiência, no entanto, começou apenas 15h30.

O primeiro a ser ouvido pelo juiz foi Amarildo, que confessou os assassinatos alegando ter agido em legítima defesa. Segundo o réu, Bruno teria efetuado o primeiro disparo, o que teria desencadeado o episódio que terminou em tragédia.

“Nunca passou pela minha cabeça matar ninguém. Na minha visão, fizemos por legítima defesa”, disse Amarildo, QUE TAMBÉM AFIRMOU QUE OSENEY, UM DOS RÉUS, NÃO TEVE PARTICIPAÇÃO NO CRIME.

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O segundo a ser ouvido foi Jefferson. Ele deu a mesma versão dada por Amarildo, reforçando que ambos estavam indo pescar, no momento em que teriam sido abordados pelo indigenista e também reforçou que Oseney não participou do crime.

Jefferson também relatou que Bruno e Amarildo já tinham passado por conflitos anteriores. Sem especificar quais teriam sido esses conflitos, apenas revelou que desde a chegada de Bruno na região, outras pessoas pararam de falar com eles e outros pescadores.

O último a ser ouvido foi Oseney, irmão de Amarildo. Ele negou participar do crime e disse que estava em outro barco indo olhar um dos lagos de manejo em que tomava conta, quando avistou Amarildo e Jefferson.

“Tinha pensado que o motor deles tava quebrado e fui perguntar o que havia acontecido, ai eles me falaram e na mesma hora fui embora”, relatou o réu, informando ainda ter ido pra casa e pedido um calmante a esposa.

Após a audiência, o juiz Fabiano Verli deu o prazo de dois dias para que o Ministério Público Federal (MPF) e a defesa dos réus apresentem as alegações finais. Em seguida, o processo será reenviado para o magistrado que vai definir se os acusados irão a júri popular.

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