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Rosa Weber promete análise do marco temporal ainda no 1º semestre

Rosa Weber promete análise do marco temporal ainda no 1º semestre

Rosa Weber com indígenas no Vale do Javari, no Amazonas (Foto: Divulgação/CNJ).

A ministra Rosa Weber, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), afirmou ontem, 21, no final da sua visita à região do Vale do Javari, Amazonas, que pautará, ainda no primeiro semestre deste ano, o processo que discute o fim do marco temporal da demarcação de terras indígenas.

A tese do marco temporal, em suma, propõe que sejam reconhecidas aos povos indígenas apenas as terras que estavam ocupadas por eles na promulgação da Constituição Federal, e é alvo de controvérsias no país por opor os povos indígenas aos ruralistas e agricultores.


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Durante o pronunciamento da ministra na Aldeia Paraná, que agrega o povo Marubo, lideranças defenderam que a imposição para fixação de um marco representa uma ameaça aos povos indígenas. O documento assinado pela União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Univaja) e lido pelas lideranças durante a visita da ministra afirma:

“Pedimos que o Supremo Tribunal Federal adote a correta interpretação da Constituição Federal, que garante que o governo federal proteja nosso território. Antes de 1500 , a gente já estava aqui, não podemos estar submetidos a um marco temporal. (…) A não aprovação da tese do marco temporal é importante para a manutenção dos direitos conquistados pelo movimento indígena ao longo da história”.

O julgamento do marco temporal no STF está parado desde setembro de 2021. O ministro Alexandre de Moraes pediu vistas, quando o julgamento estava em 1 a 1: Edson Fachin votou contra adotar a data da promulgação da Constituição de 1988 como marco temporal; já Nunes Marques entendeu que as comunidades indígenas só têm direito às terras que já ocupavam em 5 de outubro de 1988.