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Governo contratou empresa laranja para obra em presídio de Mossoró, diz jornal

Governo contratou empresa laranja para obra em presídio de Mossoró, diz jornal

Penitenciária Federal de Mossoró, no RN (Foto: Depen).

O Governo Federal contratou uma empresa que estaria em nome de um “laranja” para uma obra de manutenção na penitenciária federal de Mossoró (RN), a mesma de onde dois presos fugiram no último dia 14, na primeira fuga da história do sistema prisional federal de segurança máxima do Brasil. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

A companhia contratada, chamada R7 Facilities, tem um faturamento anual de R$ 195 milhões e foi contratada por R$ 1,7 milhão. De acordo com a reportagem, ela estaria em nome de Gildenilson Braz Torres, de 47 anos, um homem que mora na periferia de Brasília, e que foi beneficiário do auxílio emergencial, tendo recebido 12 parcelas de pagamentos.

A contratação dessa empresa ocorreu no governo Jair Bolsonaro em 2022, quando o então ministro Anderson Torres estava à frente da pasta da Justiça. Ela foi renovada no governo Lula, pelo então ministro Flávio Dino. Nenhum dos ministros atuou diretamente com a empresa “laranja”. Segundo o Estadão, os trâmites foram realizados por funcionários do Ministério da Justiça que fazem parte dos departamentos relacionados à administração de presídios federais.


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A empresa emitiu nota sobre a reportagem, afirmando que é “imprudente” chamar o dono de “laranja”. A companhia falou em “preconceito”, mas não deu detalhes sobre que tipo de obra foi contratada para fazer no presídio de Mossoró.

Gildenilson, por sua vez, declarou à reportagem do Estadão que tem CEO, diretores e outros empreendimentos. Mas não forneceu detalhes sobre o caso porque disse que precisava falar com seu advogado.

O Ministério da Justiça disse que vai pedir “apuração rigorosa” sobre o caso. Em nota enviada ao jornal, a pasta disse que a empresa cumpriu todos os requisitos técnicos de contratações, mas que acionou órgãos competentes para investigar a “lisura da empresa citada”.

As circunstâncias da fuga de Deibson Cabral Nascimento (33) e Rogério da Silva Mendonça (35), ambos ligados ao Comando Vermelho (CV), estão sendo apuradas pela pasta. Eles escaparam ao abrir um buraco na parede de uma cela, aproveitando-se de uma brecha no sistema de segurança da prisão.

Além disso, a corregedoria da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) também informou  nesta quarta, 20/2, que afastou três servidores que atuam no presídio federal de Mossoró. Os funcionários eram os responsáveis pelas áreas de inteligência, segurança e administração do presídio.

De acordo com a decisão, os servidores ficarão afastados pelo menos “até a conclusão dos procedimentos apuratórios”. O diretor do presídio também já tinha sido afastado na semana passada.

As buscas pelos fugitivos ainda estão em andamento na região de Mossoró.

Com informações de UOL e CNN Brasil.