O juiz Ricardo Leite, da 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal, condenou nesta segunda-feita (21) o hacker Walter Delgatti Neto a 20 anos de prisão. O hacker foi condenado junto a mais seis investigados na Operação Spoofing, deflagrada em 2019 para investigar as invasões de contas do Telegram, e vazamentos de conversas de autoridades. O episódio ficou conhecido como “Vaza-Jato”.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou em 2 de agosto a prisão de Walter Delgatti por seu envolvimento no caso das invasões no sistema informatizado do Poder Judiciário. A operação da PF investiga pagamentos da deputada Carla Zambelli (PL-SP) para que financiar as invasões.
O juiz Ricardo Augusto Soares Leites, substituto 10ª Vara Federal do Distrito Federal, sustentou em sua decisão que as invasões nos celulares de autoridades ficaram comprovadas.
“A amplitude das vítimas é imensa e poderia render inúmeras ocasiões de extorsões“, escreveu o juiz.
“Seus ataques cibernéticos foram direcionados a diversas autoridades públicas, em especial agentes responsáveis pela persecução penal, além de diversos outros indivíduos que possuem destaque social, bastando verificar as contas que tiveram conteúdo exportado. É reincidente, conforme comprova sua ficha criminal e possui outros registros penais”
Soares Leite também recordou na sentença que Delgatti chegou oferecer o material hackeado para a imprensa por R$ 200 mil.
Também foram condenadas outras pessoas que atuaram junto com Delgatti:
- Gustavo Henrique Elias Santos: 13 anos e 9 meses
- Thiago Eliezer Martins Santos: 18 anos e 11 meses
- Suelen Priscila De Oliveira: 6 anos
- Danilo Cristiano Marques: 10 anos e 5 meses