O União Brasil aprovou, em reunião na tarde desta quarta-feira (13/03), processo para expulsar o deputado federal Luciano Bivar (PE), atual presidente do partido. A Executiva Nacional da sigla acatou a representação e deu o prazo de 72 horas para que ele apresente defesa. O União tem até 60 dias para deliberar.
Luciano Bivar foi alvo de uma denúncia protocolada por parlamentares e governadores membros da sigla, após crise envolvendo a disputa pela presidência da legenda entre o atual cacique do partido e Antonio Rueda, eleito novo presidente da sigla. Na representação, integrantes do partido pedem o afastamento cautelar (provisório) de Bivar, além de sua expulsão da sigla, o que deve ser decidido em outro momento.
Entre as acusações listadas no documento estão:
- ameaça de morte contra o vice-presidente Antônio Rueda e seus familiares, inclusive sua filha de 12 anos;
- indícios de motivação política criminosa nos incêndios que destruíram as casas de Rueda e da tesoureira do partido, Maria Emília Rueda, sua irmã;
- violência política contra mulher;
- validação de cartas de desfiliação de seis deputados do União Brasil do Rio de Janeiro sem submeter à decisão colegiada do partido.
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Após a denúncia, a diretoria do partido se reuniu, na tarde desta quarta-feira (13/03), para decidir sobre o afastamento e expulsão com desfiliação de Bivar. A reunião foi conduzida por Rueda e, com 17 votos favoráveis e 15 abstenções, o processo foi iniciado.
“Determino de imediato a notificação do representado, Luciano Bivar, para que, no prazo de 72h, preste os esclarecimentos necessários”, anunciou o recém-eleito presidente da sigla.
Depois que a defesa de Bivar apresentar os esclarecimentos, a Executiva do partido vai avaliar a manifestação e decidir se afasta temporariamente o deputado da presidência.
A partir de junho, começa o mandato de Rueda, que foi eleito presidente do União na convenção realizada pelo partido em 28 de fevereiro.