Em nota divulgada hoje, o ex-presidente Michel Temer anunciou que não vai mais apoiar o presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial. Segundo Temer, a mudança se deveu à pressão de familiares.
A nota do ex-presidente diz que vai apoiar a candidatura que “defender a democracia, cumprir rigorosamente a Constituição, promover a pacificação, manter as reformas já realizadas no meu governo e propor ao Congresso Nacional as reformas que já estão na agenda do país”.
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O comunicado, no entanto, faz um aceno a Bolsonaro ao defender a manutenção “das reformas já realizadas no meu governo”. Em discursos, Luiz Inácio Lula da Silva, o adversário de Bolsonaro no segundo turno, já defendeu a revogação da reforma trabalhista aprovada no governo Temer.
As filhas do ex-presidente ficaram insatisfeitas com encontro que pai o teria no fim de semana com Bolsonaro para declarar apoio a ele, e fizeram pressão sobre o pai. Luciana Temer, por exemplo, tem posições públicas progressistas e já foi secretária de Assistência e Desenvolvimento Social da cidade de São Paulo durante a administração do petista Fernando Haddad.